segunda-feira, dezembro 17, 2007

Fui conversar com um executivo. Esqueci-me que era um plebeu!

Ele é ex presidente do CITIBank e eu fui la no blog dele gastar meu português e apresentar um pouco da simplicidade de Deus pra nossas vidas. Sabe como é, tenho descoberto que executivos são meio assim, sei la entende, vcs sabem! hehehehehehe
veja abaixo o retorno dele e o link do blog dele esta ali no meus links ao lado.

Abraços,
Lucas


Lucas Castro & Isabella Passos disse...
Alcides,
o tempo infelizmente não é mais pra pessoas do seu perfil. O tempo é de seu filho (que aliás foi quem lhe sugeriu entrar aqui), meu, de minha esposa e amigos. Da geração pós 70.
Mas calme, fique tranquilo, Deus não se esqueceu de vocês..hehehe...e nem dos meus! Certamente para tanto, terás seu filho pra que lhe cuide, assim como meu pai me terá. A roda virou e você está nela, mas agora, LIVRE de sua mecânica. Deixe-se experimentar a novidade, gastando 15 minutos de seu tempo, por que afinal, ja usou milhoes deles num tempo não muito distante.

Os "IT" lhe previlegia com tal tecnologia. Pense bem!

Desculpe, mas não estou lhe chamando de velho, leia as letras com o dom de seu tempo, não com a ingenuidade do meu, ou dos "IT".
;)

Forte abraço e descanse em sua História. Eu anseio em chegar na minha.

Deus nos abençoe,
Lucas

8 de Dezembro de 2007 14:10


Alcides Amaral disse...
Ptezado Lucas

O espaço é livre vai dai cada um escreve o que quiser. Se a tecnologia veio para ficar e é instrumento indispensável em nossas vidas, que ela seja utilizada para facilitar a vida do usuário. Pelo jeio você não entendeu a mensagem ...podemos ter a segurança necessária sem cada vez complicar mais a vida do usuário. É muito fácil para os "tecnologos" irem acrescentando senhas e mais senhas ao invés de buscarem formas inovadoras.
Quanto a descansar em sua história, é impossível pois a minha ainda não terminou. Como você vê estou aqui, diariamente dando continuidade a ela. Espero, pois, que você tenha competência em construir a sua.
Abraços

8 de Dezembro de 2007 17:12

domingo, dezembro 16, 2007

É óbvio que as politicas públicas afirmativas do governo são excludentes!

Ola leitores,

Sempre tenho lido e acompanhado o tema sobre políticas públicas afirmativas realizadas pelo atual governo e que tem de certa forma alcançado todo o Brasil.
Hoje lendo o caderno Mais! do jornal Folha de S. Paulo, foi publicada uma matéria com o título "Preto Básico" de Flávio Moura, comentando o livro do antropólogo Antônio Risério onde este debate o erro do Brasil ter importado conceitos científicos norte-americanos sobre diferenças raciais e aplica-los em construção de políticas públicas, como por exemplo o sistema de cotas em universidades, etc.
Incrível (a burrice da ciència que tem mais cara de religião) que o critério pra se definir raças nos Estados Unidos por exemplo, conforme cita Risério é que "filho de preto e de um branco é classificado como negro. A importação desse modelo dicotômico falsifica a realidade brasileira". Isso me cheira a um Utilitarismo barato que na América Latina só o Brasil, através destas políticas afirmativas insiste em querer usar, pensando ser um E.U.A, que aliás falo com propriedade porque no meu trabalho estou o tempo todo me relacionando com eles e são pra lá de tolinhos e soberbos. Duvida? Leia sobre a economia deles e os acontecimentos da última semana.

Mas voltando ao assunto, as políticas afirmativas da forma como estão sendo construídas não ajuda em nada, nós, que delas precisamos, porque excluem pessoas, classificam-nas, rejeitam-nas e pior, as tornam cada vez mais necessitadas e dependentes de um Estado científico-preconceituoso e separatista.
Estas políticas, da forma como estao sendo construídas, em seu cerne beneficiam os fanfarrões de Brasília que querem cada vez mais pessoas aliendas e satisfeitas com as migalhas de pães que caem da mesa do salão nobre das autoridades.

Um povo satsfeito com migalhas é um bom sinal de que a porta da corrupção está aberta e livre pra que entrem nela os que podem. Enquanto isso, assistimos o dinheiro público sendo usado pra fabricação destes pães que não alimentam em nada a barriga do povão brasileiro.

Trecho:
FOLHA - É forte no livro a crítica à "alienação universitária". Mas a maior parte dos autores de que o sr. se vale para embasar seus argumentos são também acadêmicos. A que parcela do meio universitário o sr. dirige seus reparos?
RISÉRIO - Aos arautos do racialismo neonegro. Eles simplesmente voltaram as costas ao que aconteceu e acontece no Brasil, submetendo-se, por motivos nem sempre confessáveis, ao jugo mental de uma certa faixa militante e discursiva do mundo universitário norte-americano.
Para esses norte-americanos e suas crias locais, os EUA são o modelo e a medida de tudo. A visão multicolorida que o Brasil tem de si mesmo é coisa do passado. O país tem de delimitar com nitidez seus campos raciais. O que é moderno e desejável, para eles, não é a hibridez ou a variabilidade, mas a polarização, o dualismo tão característico do pensamento puritano, com seu horror a misturas.
Mulatos e morenos aparecem, assim, como miragens ideológicas reacionárias e mesmo racistas. Não há lugar para eles no mundo sonhado pelos racialistas. E isso, na minha opinião, é puro, simples e rasteiro capachismo mental, ameaçando transformar a universidade brasileira num McDonald's de sanduíches conceituais alheios, servidos na bandeja dos "civil rights" [direitos civis, liberdade civil], numa mescla de desajuste, alienação e ignorância.


A íntegra da matéria você pode ler em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs1612200701.htm somente para assinantes infelizmente.

Bom domingo para todos,
Lucas Castro

quinta-feira, novembro 22, 2007

Excluíram Deus do mundo e as pessoas ficaram burras...por hora, também, ALIENADAS!

Ola Leitores,
em minha continua busca por assuntos relacionados ao caos da educação nacional e o "apagão de mãos-de-obra" qualificada em nosso País, - isso lembrando que faz parte de meu projeto pra politica em 2008 - tenho lido jornais de grande impacto no meio intelectual.
Tenho lido com frequencia os Valor Economico, Folha de S. Paulo, A Tribuna, Jornal do Brasil, Estado de Minas e escutado programas de rádio como CBN e Voz do Brasil (nunca imaginava isso!!!)
Nesta pesquisa e ouvindo e buscando compreender o espirito de epoca que paira sobre nós achei ontem uma matéria de um Doutor em Teologia chamado ALVORI AHLERT.
Esta matéria tem em especial, que no meio desta pesquisa e outras coisas, descobri que Lutero, reformador, escreveu textos sobre a educação mundial e em um deles,de nome: Uma prédica para que se mandem os filhos à Escola – escrito em 1530. Pois é, mais uma fonte de pesquisa que certamente mudou todo meu rumo do projeto sobre Capital Humano, afinal, achei bases cristãs, que ilustram o titulo deste que vcs lêem.

Mas vamos por partes!
Vou colocar aqui o texto de Alvori Ahlert antes de escrever o texto de Lutero.
Segue abaixo e vale muito a pena ler, sendo você cristão ou não.

Educação Pública: desafios da Reforma Protestante

Em 31 de outubro comemora-se o Dia da Reforma Protestante. Nesta data, em 1517, um monge agostiniano de nome Martim Lutero fixou na porta da igreja do Castelo de Wittenberg 95 teses, com as quais desencadeou o movimento da reforma da Igreja no século XVI. Este ato impactou o início da Modernidade e atingiu as sociedades européias em muitas áreas para além da religião. E uma das áreas da vida humana que recebeu forte influência foi o da educação.

Os dois principais escritos de Martim Lutero sobre a educação foram: Aos conselhos de todas as cidades da Alemanha, para que criem e mantenham escolas cristãs, publicado em 1524, e Uma prédica para que mandem os filhos para a escola, de 1530. Neles, estão afirmações sobre a necessidade urgente de uma ampla ação em favor da educação do povo. Em Aos conselhos de todas as cidades da Alemanha, para que criem e mantenham escolas cristãs, Lutero objetiva estimular e desafiar a sociedade para a responsabilidade com a educação e a formação da juventude. O desenvolvimento de um indivíduo temente a Deus, responsável e ético, com capacidade de vivenciar sua liberdade, requer pessoas bem instruídas. E Lutero percebe um abandono destes compromissos. A transição de um mundo medieval, onde tudo é abarcado pelo contexto religioso, para um mundo laico deixou as pessoas sem perspectivas, porque o velho modelo de vida estava desaparecendo e o novo ainda estava indefinido. Com isso houve um desinteresse pela educação. “Em primeiro lugar, constatamos hoje em todas as partes da Alemanha que as escolas estão abandonadas. As universidades são pouco freqüentadas e os conventos estão em decadência. [...] Sim, porque o povo carnal se dá conta de que não pode mais colocar os filhos, as filhas e os parentes em conventos e instituições. Já não pode mais expulsá-los de casa e deixar que vivam às custas de estranhos. Por isso ninguém mais quer proporcionar ensino e estudo aos filhos. Dizem: Pois é, o que vão estudar se não podem tornar-se padres, monges e freira? Tem que aprender alguma profissão com que possam sustentar-se.” (LUTERO, Martim. Educação e reforma. São Leopoldo: Sinodal, 2000, p. 8-9)

Mas talvez o mais importante nos escrito de Lutero sobre educação para a atualidade esteja na sua concepção de uma educação pública, universal e gratuita, para quem não pode custeá-la. Neste sentido, acertadamente Lorenzo Luzuriaga vê na Reforma a gênese da educação pública. “A educação pública, isto é, a educação criada, organizada e mantida pelas autoridades oficiais – municípios, províncias, Estados – começa, como dissemos, com o movimento da Reforma religiosa no século XVI.” (LUZURIAGA, Lorenzo. História da educação pública. São Paulo: Nacional, 1959, p. 5) Em primeiro plano, a educação, segundo Lutero, é tarefa dos pais, mas é compromisso precípuo das autoridades em todos os níveis, porque, na sua concepção, nenhum pecado mereceria maior castigo do que deixar de educar uma criança. E educar bem as crianças significa ter uma estrutura social que garanta este acesso indistintamente para todas elas, isto é, também para as crianças pobres ou para as crianças cujos pais não dão valor nenhum à educação. Daí ser necessário manter gente especializada para esta tarefa, gente mantida comunitariamente. É tarefa do Estado garantir educação para todos. “Por isso certamente caberá ao conselho e às autoridades dedicarem o maior esforço à juventude. Sendo curadores, foram confiados a eles os bens, a honra, corpo e vida de toda a cidade. Portanto, eles não agiriam responsavelmente perante Deus e o mundo se não buscassem, com todos os meios, dia e noite, o progresso e a melhoria da cidade. Agora, o progresso de uma cidade não depende apenas do ajuntamento de grandes tesouros, da construção de muros, de casas bonitas, de muitos canhões e da fabricação de muitas armas. Inclusive, onde há muitas coisas desse tipo e aparecem alguns loucos, o prejuízo é tanto pior e maior para a aquela cidade. Muito antes, o melhor e mais rico progresso para uma cidade é quando tem muitas pessoas bem instruídas, muitos cidadãos sensatos, honestos e bem-educados. Estes então também podem ajuntar, preservar e usar corretamente riquezas e todo tipo de bens”. (LUTERO, 2000, p.19)

Assim, temos em Lutero o início da escola público-comunitária, ou seja, uma escola que deve ser tarefa dos pais, do Estado e de quem pode financeiramente ajudar a mantê-la. A grande tarefa da escola é a formação de um cidadão (entendido aqui como um habitante do burgo ou da cidade) honesto, responsável, capaz e preparado para todas as tarefas importantes que a nova divisão do trabalho e a organização das cidades em crescimento requeriam paulatinamente. “Uma cidade tem que ter pessoas assim. A sua falta é sempre uma grande necessidade e a queixa mais freqüente.” (LUTERO, 2000, p. 20) Com este pioneirismo em educação, Lutero esteve muito à frente de seu tempo, o que, no nosso entender, ainda não tem sido suficientemente reconhecido pela historiografia educacional.

ALVORI AHLERT. Doutor em Teologia, Área Religião e Educação, pelo IEPG/EST, Mestre em Educação nas Ciências, pela UNIJUÍ, RS, Professor Adjunto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE, membro do Grupo de Pesquisa Cultura, Fronteira e Desenvolvimento Regional. E-mail: alvoriahlert@yahoo.com.br .


Fonte :
ALVORI AHLERT
Data :
2007-10-25


Abraço a todos e vamos cada um chupando a manga. Oh maravilha Deus...

sábado, novembro 17, 2007

Mais uma de capital humano...


e um dado interessante dessa publicação, de ontem, 16/11/2007 no Jornal Valor Econômico.
A relação direta entre "prosperidade intelectual" aliada a cosmovisão cristã.
Eu até escrevi pro autor do texto e pedi explicações mais profundas e ele ainda nao respondeu-me.
A fonte é super interessante e de grande valia à pesquisas.

Vamos:

Apagão de capital humano e crescimento
Por Alberto Carlos Almeida, de São Paulo
16/11/2007

Os primeiros censos de países europeus foram realizados na segunda metade do século XIX. Na Grã-Bretanha, constatou-se em 1876 que aproximadamente 20% da população não sabia assinar o nome. Na Prússia do censo de 1871, 87% da população era alfabetizada. No Brasil de 1991, aproximadamente 20% eram analfabetos. O Brasil encontrava-se, em relação aos dois países, em torno de 120 anos atrás. 120 anos!


Nas últimas semanas tornou-se público o pior de todos os tipos de apagão, o de mão-de-obra. Foi apenas o Brasil crescer um pouquinho, e de forma contínua, que não há mais técnicos e pessoas de escolaridade mais elevada disponíveis no mercado.


A caminho da escola


De volta à velha Prússia, naquele censo se descobriu que só 3% das crianças moravam a mais de três quilômetros da escola mais próxima. Para chocar: 97% das crianças moravam a uma distância menor. Descobriu-se também que a distância máxima era de 19 quilômetros, provavelmente nas áreas rurais. A propósito, a população urbana totalizava apenas 27% da população total.






No jovem Brasil, sabemos a distância média que as crianças precisam percorrer para chegar à escola? Isso parece ser uma informação relevante para políticas públicas que dêem prioridade à educação. A lição disso, da importância do capital humano para o desenvolvimento econômico, vem deste que foi um dos primeiros censos da história.


Janela de oportunidade


Voltemos, portanto, a Prússia. No distrito de Potsdam, vizinho à cidade de Lutero (Wittenberg), mais de 90% da população era protestante. Lá também mais de 94% eram alfabetizados e, como conseqüência, a renda média estava acima de 1.100 marcos. No distrito de Düsseldorf, menos de 50% eram protestantes, a taxa de alfabetização era menor do que 90% e a renda média, abaixo de 900 marcos. Não é preciso dizer mais nada. Numa mesma nação duas realidades completamente distintas, ambas moldadas pelo investimento em capital humano, em educação.


A questão crucial diz respeito ao desenvolvimento econômico. O Brasil quer realmente aproveitar a janela de oportunidade aberta recentemente? Há mais de 120 anos outros países criaram essa janela por meio do fortalecimento do capital humano. O Brasil não precisa abrir a janela, somente aproveitá-la. O nosso sistema educacional não está preparado para isso.


Quantos mais argumentos serão necessários para persuadir os governantes de que educação é fundamental? Quantos mais artigos terão de ser escritos para que o alerta sobre o problema seja convertido em ações efetivas? Ações que tenham forte impacto sobre o atual quadro de escassez de mão-de-obra especializada e bem qualificada. Trata-se de uma decisão que a elite terá de tomar sem a influência da população, porque no Brasil educação não dá voto.


Alberto Carlos Almeida, professor universitário e sociólogo, é autor de "A Cabeça do Brasileiro" (Record).


Email: almeida.alberto@terra.com.br

segunda-feira, outubro 29, 2007

Projeto CAPITAL INTELECTUAL

Em pesquisa por matérias em jornais sobre o caos da educação brasileira e meu projeto para politicas publicas de inclusão pela educação aqui em Belo Horizonte/MG sempre acho em jornais matérias referindo ao tema.

Mais uma da Folha de S. Paulo de sábado 27/10/2007

Leiam:

Na educação, municípios declaram que principal medida é capacitar professores
DA SUCURSAL DO RIO

Pela primeira vez, a pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros investigou as políticas públicas mais adotadas na educação. O resultado mostrou que a ação mais comum que os municípios declararam adotar foi a capacitação de professores, com 85% dos gestores afirmando que esta medida estava entre as cinco mais importantes, seguida do combate à evasão (60,3%).
Poucos municípios declararam colocar entre as cinco maiores prioridades a contratação de professores (27,5%), a regulamentação e valorização da carreira do magistério (33,3%) e a autonomia financeira da escola (9,9%).
A baixa prioridade à contratação de professores não é necessariamente indicador de que o município investe pouco no professor. Isso porque os municípios são responsáveis principalmente pela educação infantil (0 a 5 anos) e pelo ensino fundamental (6 a 14), setores onde os últimos censos escolares do Ministério da Educação têm verificado diminuição no número de alunos por causa das quedas nas taxas de fecundidade e das melhorias das taxas de transição escolar.
Estudos feitos pelo ministério e pelo Conselho Nacional de Educação apontam que o principal problema do déficit de professores está no ensino médio -de responsabilidade principal dos Estados.
A regulamentação e valorização da carreira do magistério, item citado por apenas um terço dos municípios, é um dos pontos indicados pelo MEC como diferencial para a qualidade do ensino. Tanto que o ministério, no Plano de Desenvolvimento da Educação, exige que municípios com piores indicadores educacionais adotem esta medida para receber recursos federais.
Vânia Pacheco, gerente do Projeto de Pesquisa de Informações Básicas Municipais, explica, no entanto, que o fato de um município não ter citado a contratação ou regulamentação do professor não significa que ele não tenha tomado medidas nessas áreas, mas, sim, que outras medidas foram consideradas mais prioritárias.

Gastos
A pesquisa mostrou que os municípios gastam em educação, em média, 23% das despesas totais arrecadadas. As cidades que mais investem, proporcionalmente, recursos no ensino são as do Norte e Nordeste (27,3% e 28,7%).
Mas, como a capacidade de arrecadação desses municípios é menor do que a das cidades do Sul e Sudeste, quando se analisa o total investido em educação por todos os municípios brasileiros, verifica-se que as prefeituras da região Norte respondem por somente 6,5% desse bolo, enquanto as do Nordeste representam 24,9%.

sábado, outubro 27, 2007

PROJETO CAPITAL INTELECTUAL


PESQUISA
Ensino esvaziado
Pesquisa do Ibge mostra que Minas é o estado da região Sudeste em que municípios menos gastam com educação básica. A maioria não tem sistema próprio e ainda depende do governo
Izabela Ferreira Alves


O gasto das prefeituras de Minas Gerais com educação básica é o menor se comparado ao das demais administrações municipais da Região Sudeste do Brasil. O dado faz parte da pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros – Gestão Pública 2006, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No estado, 20,3% das despesas dos 853 prefeitos foram com ensino, 0,1% a menos em relação à média nacional. O percentual sobe para 22,7% em São Paulo e 21% no Rio de Janeiro. No ano passado, dos R$ 15,7 bilhões gastos pelas prefeituras mineiras, R$ 3,2 foram com educação. Mais de 80% desse montante foram investidos no ensino fundamental.

Segundo o analista de informação do IBGE Antônio Braz de Oliveira e Silva, a defasagem nos gastos das prefeituras mineiras com educação pode ser explicada pelo grande número de municípios sem sistema de ensino próprio. Das 853 cidades, apenas 239 têm conselho responsável por criar regras diferenciadas para o setor. A Secretaria de Estado de Educação (SEE) assume essa normatização em 610 prefeituras (há quatro municípios em situação especial). “Isso porque há administrações muito pequenas e pobres, nas quais a organização é mais precária. Há pedaços do estado com indicadores sociais iguais aos do Nordeste do país, como o Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha. Esses pontos se beneficiam da gestão dos governos estadual e federal”, afirma.

No Brasil, 54,6% dos sistemas municipais de ensino são vinculados aos respectivos estados. Diferentemente do restante do país, no Rio, 89,1% dos municípios têm sistema de ensino próprio e, em São Paulo, 45,6%. A secretária de estado de Educação, Vanessa Guimarães, não sabe explicar o porquê de as prefeituras mineiras gastarem menos com a educação. Ela questiona a justificativa apresentada pelo pesquisador. “A hipótese levantada não me parece explicativa, porque ter sistema próprio de ensino significa que o município tem autonomia para criar normas educativas, relaciona-se mais à autogestão pedagógica e legal do sistema. Os conselhos não têm relação direta com a administração de recursos ou com o orçamento da educação”, diz.

PROFESSOR Além das despesas menores com aprendizado e alinhado ao dado nacional, as prefeituras mineiras também não tiveram como prioridade a solução do problema da falta de educadores no ensino público em 2006. Elas não elegeram a contratação de profissionais da educação como uma das cinco principais medidas para melhoria do ensino básico. No Brasil, menos de um terço (27,5%) dos municípios destacou essa ação e apenas 33,3% adotaram medidas para regulação e valorização da carreira do magistério. Em Minas, somente 252 disseram ter contratado professor e 238 informaram ter investido na valorização dos educadores. No estado, a primeira iniciativa está em sétimo lugar na lista de 14 ações listadas pelo IBGE. Em São Paulo, ela aparece na 9ª posição, com a adesão de 205 administrações municipais.

No topo do ranking estão a capacitação dos professores, ação desenvolvida por 673 prefeituras, iniciativas para redução da evasão escolar, medida eleita por 546 administrações municipais, e emprego de verbas no transporte escolar, escolhido por 526 prefeitos. Para a pós-doutora em educação e professora da PUC Minas Maria Auxiliadora Monteiro Oliveira, a contratação não deveria mesmo encabeçar a lista: “Ela é precária e sempre feita quando necessário, porque é condição básica para o funcionamento do sistema. O correto é fazer concurso”. Por outro lado, ela critica o fato de os municípios gastarem pouco com a regulamentação da carreira e valorização dos professores.

“Capacitar é importante, mas não vamos conseguir estabelecer uma relação produtiva entre a escola e os alunos com os educadores encarando jornada dupla e até tripla”, diz. Ela salienta que a melhoria da educação básica municipal não passa pela contratação de mais professores, mas sim pela valorização da profissão, com salários dignos, plano de carreira e condições de trabalho. No Brasil, não receberam a atenção da maioria das prefeituras as ações para organização administrativa das escolas, para autonomia financeira das instituições, para oferta de cursos profissionalizantes vinculados à educação básica e ampliação do atendimento a alunos com necessidades especiais. Esses também são os quatro últimos lugares da lista mineira.

INCLUSÃO Das 5.564 prefeituras do Brasil, 2.944 (52,9%) informaram que desenvolvem política ou plano para inserção da população na era digital. Entre os projetos e ações implantadas, 1.345 administrações disseram ter criado, com recursos próprios, telecentros – salas com computadores conectados à internet. Na Região Sudeste, das 1.668 cidades, 965 (57,8%) garantem adotar políticas de inclusão digital. Minas está abaixo da média nacional e dos demais estados da região. Dos 853 municípios, 413 (48,4%) têm plano para esse assunto. No estado, foram registrados 373 telecentros. Em São Paulo, 67,1% dos municípios têm política de inclusão digital. No Rio, 75%;a no Espírito Santo, 64,1%.

Fonte: Jornal Estao de Minas. Edição dia 27/10/2007

quinta-feira, outubro 25, 2007

A Era Pós-Putim (Rússia)


Politics and Culture/East and West: The Post-Putin Era: Russian Revolution or Russian Evolution?
[22 March 2007]

The world’s two most dominant forces will usher in new regimes in 2008. Thompson offers insights into the next Russian presidential election and its diverse cast of players.by Robert R. Thompson

Though Election Day 2008 is still many months away, the campaigning has already begun in earnest. Potential candidates have declared themselves ready for battle, and hit the trail toward replacing the incumbent president to lead one of the planet’s most powerful nations. Mark the date—2 March 2008—not 4 November 2008, as the critical day to watch voting results which will have significant global impact. The second day of March will feature the next Russian presidential election, an event, I would argue, that is as internationally significant as the United States’ race.

Though not given a great deal of attention Stateside thus far, the Russian election has been featured recently in The New Yorker (Michael Specter, “Kremlin Inc.”, 29 January 2007), and The New York Times Sunday Magazine (Steven Lee Myers, “Post-Putin,” 25 February 2007). I’m glad to see at least this limited domestic recognition, for where Russia and the 2008 presidential contest are concerned, ignorance is definitely not bliss. The election will have sizable political ramifications and is important to track for several reasons. Russia remains a powerful player on the world stage, and a tenuous ally with Europe and the West.


Putin's Russia: Life in a Failing Democracy
(Owl Books; Reprint edition; US: 9 Jan 2007)


When I visited several times in the ‘90s (during the President Yeltsin era) I saw the birth pangs and tumultuous beginnings of the nascent Russian post-communist democracy. Russia, the Soviet Union’s successor state, retains a large army, sizable nuclear arsenal, and vast energy resources, while it has endured a difficult and dangerous time in its history. The new market-style economy has experienced the proverbial roller coaster ride since Russia emerged from the centrally controlled economy that dominated for 70 years. The political scene has been similarly rocky.

Since Vladimir Putin took office, he has consolidated power in a way that raises questions about his commitment to democracy in Russia. The economic situation remains precarious, the political scene roiled by terrorist attacks in Moscow, a brutal war in the breakaway province of Chechnya, and controversy reigns over Putin’s domestic and international policies. After 15 conflicted years, the “new” Russia is strong, yet the country is an ongoing state of flux. Next year’s change of power from Putin to his successor will have ramifications on various fronts, internally as well as externally. Who, then, are the candidates to potentially lead the next Russian revolution onward in the 21st century? And who should we be watching?

The Russian electoral process is not long, but is somewhat complicated in terms of candidate and political party qualifications. One of the most important factors to consider is the multi-candidate methodology of the campaign. If no candidate receives an absolute majority of the total vote, three weeks after the 2 March 2008 election, the two top finishers face each other in a run-off election. In the first round, the goal is not only to win, but to win with over 50 percent of the vote.

The process makes it extremely difficult for opposition candidates to meet the party registration requirements. Consequently, the two front running candidates are key members of Putin’s government, and solid supporters of his policies, Dmitry Medvedev and Sergei Ivanov. Any discussion of the 2008 Russian presidential election starts with them.



Sergei Ivanov
Ivanov is, like Putin, a former KGB officer. Due to his age, 53, he will have a slight edge over Medvedev, who is only 41. Also, Putin recently promoted Ivanov from the post of Defense Minister to the same position that Medvedev holds. Both are now deemed First Deputy Prime Ministers. This makes them equals in their respective government roles, and catapults Ivanov, older and with more government experience than Medvedev, into the prime spot to take Putin’s endorsement, which, as Steven Myers reports in The New York Times, “would be a virtual guarantee of election, given his (Putin’s) popularity and the centralized control of politics here.” Myers also notes that Russian sociologist Olga V. Kryshtanovskaya, who studies Russia’s leaders, called Ivanov “an equal of Putin … (who is now) successor No. 1.” (Myers, S. 16 February 2007, . “Putin, Promoting an Ally, Fuels Speculation Over Successor.” The New York Times, p. A6).
Though downplayed in various political and media circles, the ongoing KGB connection (to the presidential hierarchy) from the days of the USSR is troubling. KGB operatives were enforcers for state security, and were not schooled in the niceties of democracy. Also, Ivanov, as Defense Minister, played a large role in the ongoing Chechen struggle. Since 1999, the second Chechen war has been vigorously pursued, with Putin drawing upon Russian military superiority to control the province. Ivanov proclaimed, just before Putin elevated him, that, “We have scored a success in Chechnya … The problem is solved.” (Chivers, C.J. 13 February 2007. “Russian Official Says Insurgency In Chechnya Has Been Tamed.” The New York Times, p. A7).

In the same article, the Times notes that though, “Attacks still occur in and near Chechnya … the pace of fighting is much slower than it was two years ago.” Whether the problem has indeed “been solved” remains to be seen. As the murdered Russian journalist Anna Politkovskaya wrote before her death in Putin’s Russia: Life in a Failing Democracy, the Chechen war represents, “Putin’s ideology … (and) our society ignored what was really going on in Chechnya, the fact that the bombing was not of terrorists’ camps but of cities and villages, and that hundreds of innocent people were being killed.” (Politkovskaya, A. (2005). Putin’s Russia: Life in a Failing Democracy, New York: Metropolitan Books).



Dmitry Medvedev
There is little doubt that either Ivanov or Medvedev will adhere to Putin’s game plan, in Chechnya, and in Russia. We can expect that succession of either will, in effect, equate to Putin’s “third term”. And in both cases, the candidates will most likely, as Putin did in 2004, run stealth campaigns, avoid conflict, pledge to follow Putin’s policies, and then depend upon the transfer of Putin’s popularity to assure election victory. Interestingly, the chosen successor will assuredly defer to the other. However, it will be important to see exactly how loyal the “loser” is to the new administration once Putin leaves the scene.
Can any other candidate possibly defy long odds and defeat Ivanov or Medvedev, without the vital Putin anointment? Such a scenario is improbable, but there are several candidates who are willing to challenge the front runners, and the Putin administration. I would suggest paying special attention to the campaigns of two dark horses who offer intriguing alternatives to Putin’s picks.



Yuri Luzhkov
First is Moscow’s mayor, Yuri Luzhkov. I witnessed his political power in 1996 when I was in Russia during President Boris Yeltsin’s hard fought reelection. Yeltsin was in trouble, and he literally (and regularly) hugged the popular Luzhkov during the campaign. Everywhere one looked, there were huge billboards with images of the two together, Yeltsin giving Luzhkov a friendly embrace, which was an obvious reminder of the mayor’s clout. Luzhkov seems to enjoy exercising strong political control as much as Putin does. Yet, I view him as a populist, and someone more in tune with the people. Imagine him as similar to another big city mayor in a presidential race, Rudy Giuliani. The comparison is not exact, but even in Russia’s “democracy,” a big city mayor has to be considered something of a contender. And Luzhkov’s staying power in the convoluted Russian political arena is impressive. His wealthy wife has been dogged by corruption allegations, and he has feuded with the Kremlin. Still, he has weathered political storms and brought tangible economic results. A victorious Luzhkov would be more outgoing and visible than Putin, and he might move carefully in Chechnya, while focusing more on Russian economic growth.


Mikhail Kasyanov
The other candidate who bears watching is Mikhail Kasyanov, Putin’s former Prime Minister and the leader of the Popular Democratic Union party. Putin fired him for reasons which are still not fully understood; “Kasyanov’s unexpected retirement remains a mystery … Kasyanov himself made very few comments, and very restrained ones, but it was still clear that he was holding back his irritation.” (Shevtsova, L., 2005. Putin’s Russia, Washington, DC: Carnegie Endowment for International Peace). Since Putin pushed him out of the inner circle, Kasyanov has been a strong opponent of the president. He is a true democrat and stands out in his willingness to criticize Putin’s centralization of power in the Kremlin. What will be crucial to watch is (if Kasyanov is a candidate) how Putin, and either Ivanov or Medvedev, react to his attacks. Will they ignore him, if they consider the election a lock? Or will they bring their formidable influence to bear? A Kasyanov administration would change much, in policy and in the restoration of a more open democratic environment in Russian politics.
There are two remaining candidates whose backgrounds and views will place them in the midst of the campaign, though their chances of victory are slim. First, is the head of the Russian Communist Party, Gennady Zyuganov. The old USSR Communist Party retains organizational strength, but the antiquated Soviet message has run its course. It was worn out in 1996 when I saw a still popular Zyuganov running against Yeltsin. He pushed Yeltsin to a run-off election, but mostly due to anger at Yeltsin, rather than reawakened communist support. Russians do not, any more today than in 1996, desire to return to the ways of communism. Zyuganov can still count on party structure, but his base of support is dying off, and he has no appeal to younger Russians. Still, he remains the last open proponent of the communist ideal, and how he tailors his message in 2008 (and the percent of the vote he tallies) will tell us whether the bell does indeed toll for communism in Russia.



Gary Kasparov
The other long shot candidate is former world chess champion Gary Kasparov. An outspoken liberal, Kasparov emerging victorious would herald another dramatic shift in Russia’s post-USSR era, to a more western-style democratic environment. In a speech on 12 February 2007 at the New York Democracy Forum, Kasparov laid out what undoubtedly will be his campaign’s thrust, and expressed a firm belief that, “What is left of Russian democracy is on the endangered list, and this crisis has implications for the world, not just for Russians and our neighbors.” His Russian state would focus on a wide range of policies, notably domestic policies, “the economy, crime, health care, or how Russians feel about the future of our country.” It would also be quite a different partner within the international community. Kasparov’s warning to that community is to not “underestimate the potential danger of a wealthy, aggressive, and nuclear Russian petro-state that has no respect for the rule of law inside or outside its borders.” (Kasparov, G. The Prospects for Russian Democracy. Retrieved 7 March 2007 from New York Democracy Forum. The National Endowment for Democracy.org). This rhetoric plays well in the west, though it is yet to be seen how this distinctly outsider perspective resonates in Russia.
Indeed, in following all the candidates, frontrunners and dark horses alike, it is essential to see how the Russian public reacts to their different messages. As the Moscow Times’ Boris Kagarlitsky wrote at the end of last year, Russians have given up protesting and traded freedom for stability, that Politkovskaya’s murder changed little, and that in the 2008 presidential election, “The people will be nothing more than spectators to the struggle. It seems as if most Russians are satisfied with this role …” (Kagarlitsky, B. 2006, December “One Last Year of Peace, Perhaps.” The Moscow Times.com. Retrieved 7 March 2007 from The Moscow Times.com). A Russian student where I teach writes that, “Russia has always been ruled by a strong political leader, so the liberties they have do not compare with those in the United States.” Candidates such as Luzhkov, Kasyanov, and Kasparov do not accept that view, and suggest the idea of an increasingly accessible Russia, more open, less harsh, and more tolerant of the messiness of democracy. Will Russians be satisfied with a spectator role? Are they so weary of post-Soviet struggle that they will choose to continue the Putin era and vote for Ivanov or Medvedev?

Russia’s 2008 presidential election provides another crossroads moment for this troubled country, as well as for the rest of the world. Though the USSR is dead, a “democratic” Russia has struggled from the rubble, forcing memories of the Cold War to recede into the past. Russians and non-Russians, however, should not unquestioningly accept what Politkovskaya deemed the country’s “monstrous stability”. Polls do show that, “Putin’s popularity rating couldn’t be better … Everybody approves of what he is doing.” (Politkovskaya, A. 2005. Putin’s Russia. But we collectively need to follow the candidates, and carefully weigh their diverse messages about Russia and its place in our international environment. And as we do that, we need to keep in mind Politkovskaya’s message: “We cannot just sit back and watch a political winter close in on Russia for several more decades … the West (is not) going to help. It barely reacts to Putin’s antiterrorist policies, and finds much about today’s Russia entirely to its taste … Europe and the rest of the globe are satisfied with the way things are progressing on our sixth of the world’s landmass.” (ibid).

Despite being nearly a year removed from the actual Russian election, observers should take heed of the various candidates’ campaign efforts and divergent messages. Will the new administration hold the course? Will a new voice score the upset? Only time will tell, and the election of a new Russian president will provide an interesting precursor (and possible counter point) to the United States’ own 2008 electoral race.




Robert R. Thompson is Associate Professor and Co-Chair of Political Science at Arcadia University. In 1995 he received a grant from the American Political Science Association to conduct research in the Russian Foreign Policy Archive in Moscow. He has also won several Arcadia University grants for travel, under the auspices of the Council on International Educational Exchange, to participate in special study programs for groups of professors in Berlin (1990), Warsaw (1991), Moscow and St. Petersburg, (1996, 1998), and Budapest and Prague (2002,2004). He received Arcadia University grants to conduct research in 2000 and 2002 in Bucharest and Sibiu, Romania and study recent Romanian political developments. Professor Thompson has also led student delegations to model United Nations conferences in Brussels, Athens, Vienna, Heidelberg, and Geneva.

terça-feira, outubro 02, 2007

Pensa povo, pensa!


Ola leitores.
Eu sempre leio a Folha no final da tarde. On line mais vezes!
Quando nao consigo escrever, por motivos diversos, dentre eles o fato de ser um brasileiro, em assenção e por isso pouco dotado de tempo$.
Uma das colunas que gosto é de Cony, que tb comenta Brasil na rádio CBN. Hj o texto dele achei muito pertinente â atual situação de nosso BRASILZÂO. Essa brincadeira dele com a realidade do mito grego antigo e a "real" realidade de nossos tempos hoje foi fatídida no texto abaixo.

Segue-se:

CARLOS HEITOR CONY

Homens e idéias
RIO DE JANEIRO - Consta que Diógenes, com o sol mediterrâneo lambendo forte os mármores clássicos de Atenas, saía do tonel em que vivia e, de lanterna acesa, andava pelas ruas espantando a todos que o julgavam louco. Com tanto e tamanho sol, a luz de uma lanterna era, além de um pleonasmo, a prova de uma demência em progresso.
Perguntaram ao filósofo o que ele fazia com aquela lanterna cuja luz nem iluminar podia o que já estava suficientemente iluminado. Diógenes respondeu que estava procurando um homem. Consta também que era visto pedindo esmola às estátuas que ia encontrando pelo caminho, aquelas estátuas de olhos vazados, que nada enxergavam e nada escutavam, modelos de beleza e insensibilidade às súplicas humanas. Por essas e outras, além de demente foi considerado cínico.
Se vivesse no Brasil de hoje, não seria nem demente nem cínico, e talvez nem filósofo pudesse ser.
De suas manias antigas só manteria o domicílio dentro um tonel, sem pagar IPTU nem taxa de incêndio e condomínio. Não teria estátuas pelas ruas para pedir esmola. Com muita sorte, poderia habilitar-se a um dos programas do governo, ao Fome Zero, por exemplo, se é que ainda existe este programa inaugural do primeiro mandato do presidente Lula -a quem abracei cordialmente na ABL na semana passada.
Restaria a Diógenes andar de lanterna acesa pelos 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território nacional, procurando aquilo que considerasse "um homem". Ele ignoraria aquela constatação atribuída a Oswaldo Aranha, segundo a qual o Brasil é um deserto de homens e de idéias.
Desanimado, acabaria comprando a próxima e suculenta edição da "Playboy" para ver a Mônica Veloso pelada. E compreenderia por que nos faltam homens e idéias.

terça-feira, setembro 25, 2007

FIM DA PICADA (hj no caderno Ciência da Folha de S. Paulo


FIM DA PICADA

Acupuntura falsa tira dor como a real
DA ASSOCIATED PRESS

A falsa acupuntura -uma estratégia que usa agulhas sem realmente perfurar a pele- tem o mesmo efeito para dor nas costas que a acupuntura real, segundo levantamento de uma equipe de pesquisadores alemães.
O estudo, publicado na revista "Archives of Internal Medicine", reforça a tese de que os bons resultados observados no uso da acupuntura podem ser apenas fruto de efeito placebo -a pessoa confia tanto no tratamento que acaba se curando sozinha.
Na pesquisa, que envolveu 1.100 voluntários divididos aleatoriamente em três grupos (os que receberam acupuntura real, os que receberam a falsa e os que passaram por terapia convencional), as agulhadas de mentira e de verdade ofereceram um alívio da dor mais duradouro que as drogas tradicionais.
A avaliação do efeito sobre a dor foi feita por meio de questionários seis meses após o tratamento. O índice de melhora foi de 47% no primeiro grupo, 44% no segundo e apenas 27% no terceiro.
Na falsa técnica, as agulhas não são inseridas tão profundamente, e as picadas não são feitas nos mesmos pontos do corpo considerados como cruciais pelos acupunturistas.

segunda-feira, setembro 17, 2007

quarta-feira, setembro 12, 2007

O GRITO DO POBRE (Revista Ultimato Edição 307)


"Fizeram chegar a ele o grito do pobre, e ele ouviu o clamor do necessitado" (Jó 34.28)

O grito do pobre é mais perigoso do que o equipamento de um soldado americano e do que o equipamento de um homem-bomba. Por uma única e simples razão: o grito do pobre costuma chegar até os ouvidos de Deus, o Senhor Todo-Poderoso! (Tg 5.4).

Devemos ter medo do grito do pobre. Estamos muito atrasados na arte de levar a sério o grito do pobre. Ele tem gritado há muito tempo. E seus gritos têm entrado até os ouvidos de Deus, o Senhor Todo-Poderoso, há muito tempo. Talvez não haja mais tempo para se ouvir o grito do pobre. Talvez seja tarde demais para tentar ouvi-lo.

Enquanto os poderosos têm portões de ferro ao redor de suas casas, seguranças do lado de dentro e do lado de fora, sistemas sofisticados de proteção eletrônica, coletes à prova de balas, carros blindados e helicópteros protegendo-os por cima — os pobres têm apenas o recurso do grito. Mas o grito dos pobres — quando é dirigido ao céu, em direção ao alto e sublime trono onde se assenta o Todo-Poderoso — é muito perigoso.

Pode ser que o Todo-Poderoso deixe acumular os gritos dos pobres e só se manifeste sobre eles no juízo final. Mas é muito mais provável que ele já esteja ouvindo esses gritos e tomando providências, sem que os verdadeiros opressores, os verdadeiros culpados, os verdadeiros responsáveis tenham acordado para o fato.

A agitação, a insegurança e a insatisfação não seriam manifestações da justiça divina? A violência urbana, o narcotráfico e a corrupção generalizada não seriam manifestações de justiça divina? As duas grandes guerras mundiais da primeira metade do século 20 e as muitas outras guerras que se seguiram a elas não seriam manifestações da justiça de Deus? A matança de 6 milhões de judeus e os muitos outros genocídios não seriam manifestações da justiça de Deus? As revelações do que acontece sob a ditadura da direita (o nazismo na Alemanha) e a ditadura da esquerda (o comunismo na União Soviética) não seriam manifestações da justiça de Deus? O aumento e a sofisticação do poderio bélico e a proliferação dos arsenais nucleares não seriam manifestações da justiça divina? A humilhação provocada pela derrubada das Torres Gêmeas e pelo fracasso da Guerra do Iraque não seriam manifestações da justiça divina? O Tsunami e outros fenômenos naturais não seriam manifestações da justiça divina? O índice de suicídio em países desenvolvidos não seria manifestação da justiça divina? As apreensões quanto ao sucesso e aos riscos da tecnologia avançada de nossos dias não seriam manifestações da justiça divina? Os danos quase irreversíveis da destruição ambiental e suas graves conseqüências não seriam manifestações da justiça divina?

Precisamos descobrir com urgência que nada é pior para a humanidade do que quando Deus retira o cabresto e o freio e deixa o ser humano ao léu de sua vontade (Rm 1.24-27).

Talvez haja lugar para a riqueza isenta de fraude, de opressão, de aproveitamento das leis injustas e de subornos, uma riqueza limpa e altruísta. Nesse caso não haverá o grito do pobre. Ele não terá do que se queixar, pois não foi usado, não foi explorado. Ao contrário, o rico dividiu com ele alguns dos seus bens e não o deixou sem pão, sem roupa, sem teto e sem emprego!

quinta-feira, agosto 09, 2007

MOLOQUE ESTÁ COM PRESSA


MOLOQUE ESTÁ COM PRESSA!


NO ENCARTE DO CD "INNOCENT BLOOD" ( 1989 ) DA BANDA DE ROCK-BLUES, REZ. ESTÁ A FOTO DE UMA GAROTINHA CHAMADA TRISHA. ELA É VISTA ALI ATRÁZ DE UMA PORTA, SUJA, DE VIDRO. SORRIDENTE E TÍMIDA.

ELA MORAVA PRÓXIMA A COMUNIDADE JESUS PEOPLE, EM CHICAGO USA. TRISHA ERA UMA CRIANÇA, MAS GOSTAVA DE AJUDAR EM ALGUMAS ATIVIDADES DA COMUNIDADE "JEPUSA". GOSTAVA DE ESTAR COM AS PESSOAS NA HORA DO JANTAR, QUE ERA SERVIDO TODOS OS DIAS AOS MORADORES DE RUA, MÃES SOLTEIRAS. AOS ABANDONADOS E AOS ESQUECIDOS ...

UM DIA, ELA ESTAVA BRINCANDO COM OUTRAS CRIANÇAS E "DESAPARECEU" ... NÃO FOI MAIS VISTA.


DEPOIS DE MUITAS ANGUSTIAS E SOFRIMENTOS, DA FAMILIA E DA COMUNIDADE, DESCOBRIU-SE QUE TRISHA, TINHA SIDO SEQUESTRADA POR UMA REDE DE PORNAGRAFIA INFANTIL. TRISHA TINHA OITO ANOS E NUNCA MAIS FOI VISTA. NEM OS SEQUESTRADORES ENCONTRADOS.

TRISHA TINHA SIDO VITIMA DE ALGO MUITO MAIOR DO QUE A MENTE INFANTIL SERIA CAPAZ DE ENTENDER,
DA PERVERSÃO E DA GANÂNCIA...

VINTE ANOS DEPOIS, A HISTORIA NÃO MUDOU!
VI RECENTEMENTE UMA MATÉRIA SOBRE CRIANÇAS NA ÁSIA, QUE SÃO VENDIDAS PELOS PRÓPRIOS PAIS A TROCO DE POUCOS DÓLARES... E NENHUMA DIGNIDADE.
ESSAS CRIANÇAS SÃO TRAGADAS PELO "TURISMO SEXUAL INFANTIL" E MUITAS ACABAM MORRENDO EM DECORRÊNCIA DA AIDS, PELA VIOLÊNCIA, AS DROGAS E O ABANDONO.

UMA PESQUISA, RECENTE, REALIZADA PELO MINISTÉRIO JEAME, REVELA QUE 70% DAS CRIANÇAS INFRACIONÁRIAS ENTRE 9 E 14 ANOS DETIDAS NUMA DAS UNIDADES DA "FEBEM", EM SÃO PAULO SÃO FILHOS DE CRENTES!

O QUE ESTAMOS FAZENDO COM A NOSSA IDENTIDADE CRISTÃ?
CADE A "CAPACIDADE" DE SE INDIGNAR?

CRIANÇAS SÃO ABORTADAS, ABANDONADAS, EROTIZADAS, ASSASSINADAS, ABUSADAS ... "JOGADAS EM LAGOAS"! http://www.tjmg.gov.br/anexos/nt/noticia.jsp?codigoNoticia=5857


A NAMBLA http://en.wikipedia.org/wiki/NAMBLA North American Man/Boy Love Association TENTA DE "TODAS" AS FORMAS LEGITIMAR O SEXO COM CRIANÇAS. EM ALGUNS PAISES A IDADE "LEGAL" PARE SE TER RELAÇÕES SEXUAIS, CAIU PARA 12 ANOS!


A INSANIDADE A COVARDIA E A DEPRAVAÇÃO DO HOMEM, PROVAM O QUANTO ESTAMOS MORTOS!
... E TAMBEM A NOSSA APATIA.


ESTAMOS PRESENCIANDO A UM VERDADEIRO "CULTO A MOLOQUE" EM PLENO SECULO XXI. NÃO CABE EM MINHA "IDENTIDADE" CRISTÃ, A INDIFERENÇA...
PELO CONTRÁRIO, UM SENSO DE "IRA" E UM NÃO CONFORMISMO COM ESSE MUNDO; FORTE O SUFICIENTE PARA ME INFLAMAR E ME CONSUMIR NUMA ESPÉCIE DE "INADEQUAÇÃO PROFÉTICA". UM MISTO DE SANTIDADE E REVOLUÇÃO. AQUELAS MESMAS ATITUDES QUE A GALÉRA DO BEM, VISTA NA BIBLIA, TINHA, AO SE DEPARAR COM AS CONSTANTES "CELEBRAÇÕES DO CÁOS E DO FIM"!

... ESSA MÚSICA NÃO TEM GRAÇA
ESSA DANÇA ME ENTEDIA!



"NÃO ENTREGUEM OS SEUS FILHOS PARA SEREM SACRIFICADOS A MOLOQUE..."
leviticos 18:21


Ó DEUS! DÁ QUE POSSAMOS SENTIR UM POUQUINHO DE TEU CORAÇÃO DIANTE DE TAL AFIRMAÇÃO...

... ESSA MÚSICA É A MELHOR!


CREIO SER ESSE UM CLAMOR ANGUSTIADO VINDO DAS ENTRANHAS DO CRIADOR AO VÊR O QUE SE TEM FEITO NA FACE DA TERRA, "ÁS FRÁGEIS E INDEFESAS CRIANÇAS".


CRISTIANISMO RIMA COM PROTEÇÃO,
VERDADEIRA IDENTIDADE RIMA COM REVOLUÇÃO!

texto retirado do blog do Pastor Fábio Ramos de Carvalho, da Caverna de Adulão. Hj, ao lado de Cristo Jesus, deixou entre nós a sede de ver o mundo transformado pela realidade bíblica.

quarta-feira, agosto 08, 2007

LIVRO: MITOS E NEUROSES @ PAUL TOURNIER


"Como se explica então que a ciência, que tem estudado tão minunciosamente o homem, tenha permanecido cega por tantos séculos a fenômenos tão capitais? É que, na verdade, desde Descartes a ciência impôs a si mesma um preconceito absoluto: deixou de levar em conta as realidades morais e espirituais."

Em O Conflito do Homem Moderno do livro citado, p. 25 - Esditora Ultimato.

foto do artigo The Thorah-Science Debates no site: http://www.chabad.org/library/article.asp?AID=2827

sexta-feira, agosto 03, 2007

PAUSA PRO LA NACION DE HJ...A PÓS-MODERNIDADE


El ex líder soviético aparecerá en la nueva campaña de artículos de lujo de la firma francesa junto con Steffi Graf, Andre Agassi y Catherine Deneuve
LANACION.com Exterior Viernes 3 de agosto de 2007

segunda-feira, julho 30, 2007

Sou contra a pedofilia...e o movimento GLBT é a favor!


Não podemos deixar que a política se envolva em aprovação de leis a favor da pedofilia, que o movimento GLBT quer transformar em "moral".

Sendo contra a PLC 122/06, pesquisando meus jornais da Folha, encontrei uma matéria que afirma que a homossexualidade na grécia antiga não era liberada e nem tao manifestada assim, mas era um sistema de indução política, desprezo à mulher e sodomização das crianças e adolescentes.


Abaixo segue o texto..


fonte: Folha de São Paulo 17 de Junho de 2007


Um assunto DE HOMENS
Obra pioneira defende que a homossexualidade na Grécia Antiga decorreu da vida militar e da segregação social das mulheres

PEDRO PAULO A. FUNARI ESPECIAL PARA A FOLHA

Há quase 30 anos, o classicista britânico Kenneth Dover [1920] publicava este que viria a se tornar um clássico. Antes que o tema das relações de gênero se espraiasse entre os historiadores, antes de Michel Foucault [1926-84] publicar sua monumental "História da Sexualidade" [ed. Graal], um estudioso das letras gregas ousava tratar desse tema tabu.Dover já se havia notabilizado, em 1960, no estudo da ordem das palavras em grego antigo! Continuou a dedicar-se, nos anos seguintes, a temas literários. Foi com a publicação do volume sobre a homossexualidade, em 1978, que seu nome transcendeu os departamentos de letras clássicas para atingir uma popularidade talvez inesperada pelo próprio autor.No explodir das identidades sexuais, a partir da década de 1960, este livro veio preencher uma lacuna, ao mostrar como a sexualidade antiga era diferente da moderna. Dover não faz uso de teorias para abordar o tema. Não se aventura nas leituras antropológicas das diferenças de costumes entre os povos nem se atreve a adotar uma perspectiva teórica.Procura, ao invés disso, esmiuçar as fontes antigas, tanto literárias quanto arqueológicas, na ânsia de descrever, da maneira mais exaustiva possível, como os gregos mantinham relações sexuais com pessoas do mesmo sexo. Por isso mesmo, resigna-se a tratar pouco das mulheres.Erudito e acessívelRessalta que a arqueologia fornece informações que não são mera ilustração da literatura, mas que pinturas e inscrições constituem fontes independentes. Apesar de erudito, pleno de análises do vocabulário grego, a leitura é agradável e acessível.A tese central é a de que o eros (desejo) se exercia numa oposição entre o que deseja ("erastés") e o que é desejado ("erômenos"), termos que se aplicavam para um homem e uma mulher ou entre duas pessoas do mesmo sexo.Aliás, Dover lembra que todas as palavras para o amor e para a sexualidade tinham essa função independentemente do sexo dos envolvidos.Identifica o que deseja como o que penetra e o desejado com o que é penetrado e considera que os gregos nada objetavam a um homem que fosse ativo, mas não aceitavam que fosse passivo senão quando criança ou adolescente. Mesmo nesse caso, pensa que os gregos não admitiam que um jovem tomasse a iniciativa do sexo passivo. Se isso ocorresse, o homem submisso seria punido pela cidade, por falta de controle sobre si mesmo ("húbris"). A penetração era sempre positiva para o homem, ser penetrado era aceito, sempre que fosse um jovem a ser educado por um adulto e sem a sua iniciativa. De onde viria tal tolerância -para usar uma palavra empregada por Dover- para com as relações de homens com homens? Aventa a hipótese de que isso estivesse ligado à segregação das mulheres e à vida militar masculina. Satisfaria uma necessidade de relações pessoais com uma intensidade que não era encontrada no casamento.Como resistem esses argumentos, após décadas de teoria de relações de gênero? Um dos pilares da argumentação de Dover consiste na censura da cidade grega ao desejo por parte do jovem passivo, mas no postscriptum de 1989, publicado ao final do livro, ele admite que subestimou as evidências.A questão central, contudo, é outra.Dover parte do conceito antigo de respeito à norma ("nomos"), como se as pessoas, na Grécia Antiga ou em qualquer época e sociedade, respeitassem ou tivessem como horizonte para seus comportamentos as regras. Essa perspectiva, chamada hoje de normativa, tem sido muito criticada, pois considera que tudo que saia da norma é um desvio de comportamento e que a sociedade é homogênea. Se aceitarmos que os comportamentos sociais são muito mais variados do que quaisquer normas (e que as normas são contraditórias!), tudo fica mais matizado. Essas são ponderações posteriores à publicação da obra e não podem ser dela cobradas. O seu mérito maior foi reunir uma documentação volumosa, e, por isso mesmo, o livro continua uma referência.PEDRO PAULO A. FUNARI é professor titular de história antiga na Universidade Estadual de Campinas (SP).
HOMOSSEXUALIDADE NA GRÉCIA ANTIGAAutor: Kenneth DoverTradução: Luís S. KrauszEditora: Nova Alexandria(tel. 0/xx/11/ 6215-6252)Quanto: R$ 65 (350 págs.)

quinta-feira, julho 26, 2007

O utilitarismo, agora barato, tomou conta de nosso "zeitgeist".


Stuart Mill, filósofo inglês do séc. XIX, escreveu uma de suas obras em 1861, chamada Utilitarismo. Foi ele que nesse mesmo século propôs no parlamento inglês o voto feminino; lembrando que neste tempo a única expressão feminina na sociedade era o Ser Dona de Casa, herança talvez, da escola filosófica Positivista, inaugurada por Comte, tempos antes.
Uma das curiosidades sobre Mill é que aos 3 anos de idade, já estuvada grego.
Apesar de economista, Mill entrou para o estudo da filosofia aos 17 anos na França e no entando, seu escrito Utilitarismo, nada tem a ver com teoria enconômica, mas é relacionada diretamente com "uma doutrina ética, segundo a qual a utilidade é a medida primordial do bem." (Neiva, 2007)
Passando por este conceito de se conseguir o bem a qualquer preço é que pretendo redigir meu texto, apresentando as origens ou talvezs possíveis, deste conceito que permeia todas as situações quer sejam morais ou éticas que enfretamos e experienciamos em nossa sociedade ocidental até os dias de hoje.
Esse Utilitarismo ao qual Mill se refere aparece na fala de Kant em Metafísica da Moral quando ele, estabelece um primeiro principio universal como a origem e fundamento da obrigação moral: "Age de modo que a regra de tua ação seja adotada como lei por todos os seres humanos."
O mal de Kant, filósofo alemão que viveu do início do século XVIII ao início do século XIX quando pretendeu nesta afirmação dizer que nós humanos somos capazes de construir uma moral ou transformar em verdade aquilo que em princípio parece ser falso, foi justamente conseguir transformar o homem de si para si. Ora, o início de um Iluminismo empírico era certo e a queda do homem, indivíduo capaz de fazer-se em si, estava aqui aliceerçada.
Hoje, 200 anos após, nossa soecidade tem conseguido conviver com esta mentira e transformar sua realidade, caotica e desprezível em verdade. Esse Utilitarismo ao qual Mill afirmou, hoje está mais vivo que nunca e nada pra nós é verdade se não passar pelo campo do belo, do aceito, do comum, do delicioso, isto, não ao grupo-coletivo, mas apenas de mim para mim, eu e eu mesmo.




continuo em breve...vou dormir!

quarta-feira, julho 25, 2007

Crise aérea brasileira | Lá Nacion hoy @ Argentina




Otra vez más de la mitad de los vuelos de todo el país salió con demoras
LANACION.com | Exterior | Miércoles 25 de julio de 2007


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quarta-feira, julho 18, 2007

A IGREJA CATÓLICA E SUA CRISE DE IDENTIDADE..

Uma matéria no caderno Mais! deste domingo na Folha.

leiam e opinem se acharem legal.

abraços,
Lucas

São Paulo, domingo, 15 de julho de 2007


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Cristo salva
MARIA CAROLINA ABE
DA FOLHA ONLINE

A retomada da missa tradicional, com partes rezadas em latim e o padre de costas para o público, atrairá mais fiéis para a Igreja Católica. Ao menos é o que afirma o padre francês Philippe Laguérie, que conversou com a Folha na quarta-feira, em São Paulo.
"Se as missas fossem feitas no modo tradicional, as igrejas estariam cheias. Toda vez que a liturgia é deteriorada, as igrejas se esvaziam", diz Laguérie, nomeado pelo Vaticano como fundador e superior geral do Instituto Bom Pastor.
O órgão foi criado pelo papa Bento 16 em setembro do ano passado, com sede na Arquidiocese de Bordeaux, na França.
No início deste mês, o Vaticano divulgou um "Motu Proprio" -documento que o papa escreve por iniciativa própria, e não como resposta a uma solicitação- assinado por Bento 16 que facilita aos padres de todo o mundo celebrarem a missa tradicional, baseada na liturgia estabelecida pelo papa João 23, em 1962.
Essa missa tradicional (ou tridentina) era rezada antes das mudanças feitas pelo Concílio Vaticano 2ø (1962-65), que introduziu a nova forma de celebrar a missa, com a possibilidade de uso do idioma local.
A missa tradicional em latim nunca foi oficialmente suspensa, mais caiu em desuso. Em 1982, João Paulo 2ø decretou que, para rezá-la, seria necessário pedir permissão ao bispo da diocese.
Leia a seguir entrevista com o padre Philippe Laguérie.





FOLHA - A retomada da missa tradicional causou grande repercussão devido a um trecho em que cita os judeus. Como avalia a polêmica?
PHILIPPE LAGUÉRIE - Na missa propriamente dita, essa que é celebrada todos os dias, não há nada, nenhuma referência aos judeus.
Existia uma referência aos judeus na liturgia da Sexta-feira Santa, que não é uma missa. Reclamava-se de um texto que falava dos "pérfidos judeus", mas ele foi suprimido pelo papa João 23, justamente a missa que o papa acaba de ressuscitar. Então, essa é uma falsa questão.

FOLHA - Mas a liturgia da Sexta-feira Santa ainda mantém a afirmação de que os judeus necessitam ser esclarecidos sobre Jesus Cristo ["Oremos pelos judeus, para que Deus retire o véu que cobre seus corações e lhes faça conhecer nosso senhor Jesus Cristo"].
LAGUÉRIE - Certamente, eles têm de ser esclarecidos sobre a divindade de Jesus Cristo. Pede-se que os judeus, os muçulmanos, os infiéis de maneira geral sejam esclarecidos sobre Jesus Cristo.
Fala-se de 15 categorias de pessoas -os catecúmenos, os hereges, os cismáticos, os pagãos-, pede-se a todos que conheçam a luz de Cristo.
Pede-se até que sejam esclarecidos o papa, os bispos e todo o clero a respeito da divindade de Cristo, que conheçam a luz de Cristo. Então, não há nenhuma referência especial aos judeus.

FOLHA - Na terça passada, o Vaticano publicou outro documento, que traz a idéia de superioridade da Igreja Católica sobre as demais igrejas cristãs, ao afirmar que a igreja de Cristo é a Igreja Católica. O sr. pode esclarecer esse ponto?
LAGUÉRIE - O que o papa diz no documento é que a afirmação do Concílio de que "a Igreja Católica subsiste na igreja de Cristo" significa "a Igreja Católica é a igreja de Cristo" ainda com mais força. Não só diz que a Igreja Católica é a igreja de Cristo atualmente mas que sempre o foi, desde o início. Além disso, o papa define quem a Igreja Católica reconhece como igreja.
Ele admite que se chamem de igrejas as ortodoxas, porque elas conservaram o sacerdócio, a sucessão apostólica [o fato de os padres serem ordenados uns pelos outros] e a missa católica.
Embora possam ser chamadas de igreja, não são igrejas de Cristo, porque não têm a comunhão com Roma, condição essencial para ser igreja de Cristo.
Porém o papa não reconhece o nome de igreja a todos os movimentos surgidos da Reforma protestante, porque eles não têm a doutrina católica.
Não é o objetivo do documento estabelecer um "hit parade" das igrejas, dizer qual é a melhor, mas definir quem é igreja ou não segundo o Vaticano.

FOLHA - Como será tomada a decisão de rezar a missa tradicional?
LAGUÉRIE - Existe a liberdade de qualquer padre decidir rezar a missa antiga. Ele pode receber fiéis para assistir à missa, mas continua sendo uma missa privada [missa que o padre reza por iniciativa própria e que não pertence à programação oficial da igreja, mesmo tendo público].
Para que haja uma missa na paróquia, uma missa pública, é preciso que um grupo de fiéis estável faça o pedido. Se o pároco não atender a esse pedido dos fiéis, eles devem procurar o bispo, que deve fazer todo o possível para atender aos fiéis.
Caso isso não ocorra, então se deve recorrer à Comissão Ecclesia Dei, em Roma.

FOLHA - Quais as principais diferenças entre a missa tradicional e a missa rezada hoje?
LAGUÉRIE - Há muita, muita, muita diferença. Em primeiro lugar, na missa antiga, todos rezam voltados para Deus e voltados para o Oriente, onde nasce o sol, que simboliza a luz de Cristo e o surgimento da verdade. Somente na explicação do Evangelho, nas leituras e no sermão, o padre se volta para o povo, pois está se dirigindo a ele. Na missa nova, o padre reza sempre voltado para o povo.
A segunda diferença é a língua sagrada, o latim. Nós não nos dirigimos a Deus na mesma língua que usamos nas compras, nos negócios, no dia-a-dia.
Sempre houve na igreja, mesmo no Oriente, uma língua sagrada para falar com Deus. Na Síria, rezava-se a missa em aramaico; na Judéia, rezava-se a missa em siríaco. Em terceiro lugar, os próprios textos da missa são diferentes: na missa nova não se fala mais do sacrifício nem do pecado nem da vida eterna nem da redenção.

FOLHA - Essa volta à missa antiga pode ser vista como exemplo de um retorno da Igreja Católica, sob Bento 16, ao conservadorismo?
LAGUÉRIE - A nova missa corresponde à teologia dos anos 1960. A missa antiga, a uma teologia que foi eterna na Igreja Católica.

FOLHA - Existe alguma estimativa do número de católicos adeptos desse rito antigo?
LAGUÉRIE - Duas pesquisas feitas na França em maio, por institutos não-católicos, constataram que 68% dos franceses, mesmo não-católicos, se diziam adeptos da missa tradicional.

FOLHA - A idéia que se tem é justamente a inversa: que a missa rezada em latim pode afastar os fiéis. Como o sr. explica isso?
LAGUÉRIE - O papa disse que, de fato, recuou muito o conhecimento do latim e que isso pode diminuir a demanda pela missa tradicional. Mas não é preciso conhecer latim para apreciar a missa antiga.
Além disso, o papa nota que, quando se suprimiu a missa tradicional, acreditava-se que as pessoas que seguiam ligadas a ela eram velhos, nostálgicos.
Mas o que se vê é justamente o contrário: há uma preponderância de jovens pedindo a volta da missa antiga.

FOLHA - Hoje, no Brasil, as missas tradicionais acontecem somente com autorização dos bispos?
LAGUÉRIE - Sim, existem algumas missas privadas. Sempre há missas em Campos (RJ), onde há um instituto de padres que rezam a missa antiga.
O Instituto Bom Pastor está justamente procurando igrejas para transformar em paróquias pessoais [paróquias que têm controle sobre um grupo de pessoas, e não sobre uma área geográfica, como ocorre com as paróquias convencionais].

FOLHA - Nesse contexto de mudanças na Igreja Católica, qual o papel do Instituto Bom Pastor, ao qual o sr. pertence?
LAGUÉRIE - O instituto é um balão de ensaio do "Motu Proprio" e também uma chamada para a reaproximação com a fraternidade de são Pio 10ø, dado que todos os membros iniciais do instituto vieram desse grupo.

quinta-feira, junho 28, 2007

sábado, junho 09, 2007

Texto Científco - POST MODERNISM (meu mesmo)


SOCIEDADE SOLÚVEL – POSTMORDENISM

O titulo deste texto nos faz imaginar diretamente uma sociedade em que nada está sólido, nada é tocável, tudo encontra-se inteiramente disperso ou quem sabe, perdido no ar.
Esta talvez seja a melhor forma para se referir à “nova era”, ao novo mundo, à nova geração”, à Pós Modernidade.
Cunhado, segundo alguns autores na década de 30, o termo referendava a nova cultura mundial pluralista, a transição da era moderna, o fim da busca de uma verdade como no lluminismo , a saída do homem de seu cativeiro para o fenômeno social e cultural da diversidade.
Esta saída possibilitou a opinião do indivíduo, o espírito coletivista, a vivência em comunidades de referências mais específicas, mais pessoais, de interesses próprios e comuns. O experimentalismo nas artes, a ultratecnologia na arquitetura, o pluralismo relativista das idéias, a sobreposição das cores na moda e infinitas novas possibilidades de se ver e experienciar o mundo foi o marco desta tão contemporânea “ideologia” de vida, que parece nunca mais ter fim, aclamada até hoje, parece que ainda vai por muito tempo-futuro.
O radicalismo nas novas alternativas para desconsiderar todo aquele mundo moderno, ora vivido, foi da Pós-Modernidade sua principal aliada. O importante é o “in”, era desconstruir, incluir e tornar descartável.
Para entender um pouco essa transição, cito o tempo da modernidade onde o modelo industrial manufatureiro predominava. A produção de bens, com fábricas a todo o vapor, foi o símbolo dos tempos modernos. Já na pós-modernidade, a informação e o computador entram como pais daqueles trabalhadores que não muito tarde tornar-se-iam órfãos, afinal as máquinas e suas engenhosas produções os substituiriam e fariam com estes uma espécie de revolução social onde sobreviveriam apenas os “homens de informação”.
O mundo pós-moderno agora fundava uma nova rede de relações de trabalho, as estruturas hierárquicas foram descentralizadas, o trabalho manufatureiro representaria uma pequena parcela de proletariado. Parecia estar sendo cunhado o termo globalização, onde seriamos habitantes de uma aldeia global, gigantesca, sem fronteiras, onde ninguém mais seria.
Aparentemente esta harmonia de conceito universal, onde o planeta parecia estar se harmonizando por um outro plano se quebra novamente, afinal em antagonismo se tem uma consciência global em detrimento à uma consciência nacional.
O livro que li para escrever essa dissertação tem uma frase muito interessante que é uma máxima pós-moderna: “Pense globalmente e aja localmente”. (Grenz, 1997). Esta frase revela plenamente a plasticidade dessa tal modernidade tardia, o descartável das opiniões que o projeto do Iluminismo queria estabelecer como um centro para o universo ou de referencias em comum, é jogado por terra na pós-modernidade. Como ainda diz Grenz, “A medida que o poder se dissolve, nossa sociedade torna-se cada vez mais um conglomerado de sociedades.”
Neste panteão de informações o mundo pós-moderno parece ter se perdido nele mesmo. Parece não ser mais possível que se tenha uma opinião concreta sobre tal fato ou situação vivida em tal local por tal indivíduo. Sempre será preciso analisar, considerar e ponderar tal fato, mas sabendo que se se estará passível de nenhuma resposta ou de varias que se contradizem e se anulam o tempo todo.
Certamente não é o fim do mundo, mas a nostalgia do que é certo, talvez não sentiremos nunca mais.









REFERÊNCIAS

GRENZ, Stanley J. Pós Modernismo – Um guia para entender a filosofia do nosso tempo. São Paulo: Vida Nova, 1997.

segunda-feira, abril 16, 2007

HEROES

perfeito

quinta-feira, abril 05, 2007

O Indie e minha crítica a ele.


Eu nem sei se tenho esse direito. Mas vou criticar essa vertente musical com toda minha força agora. Eu particularmente não gosto, e pelo tipo e rodas onde o som é comentado não teria paciencia pra ficar um só segundo.

Esse é o som que invadiu a mente de adolescentes e tem definido comportamentos tão pós-moderinhos e em vezes bastante cansativo de muitos de seus admiradores.

Gostaria que antes entendessemos o fato histórico, origem e pessoas envolvidas.

Nascido em meio a bandas de universtitários ou colegiais ingleses, no comecinho da década de 80, mas com grande inspiração da década de 60, os membros trajam roupas que passam por paletós, blazers, xadrez, skinny jeans e por ai vai. Sempre desconcertando o look, sao facilmente reconhecidos em qualquer gueto underground.
As letras falam geralmente da complexidade dos relacionamentos humanos, problemas de adaptação a sociedade, timidez e do dia-à-dia urbano da juventude contemporânea.

No meio da década de 90, na Inglaterra, foi o grande boom desse cenário musical. Bandas como Oasis, Blur e Placebo, conseguiram definir muito bem esses comportamentos e essa "ideologia" naquela epoca em meio ao caotizado e cansado meio universitário ingles. O momento, era da então primeira-ministra do Reino Unido Margaret Thatcher, em seus quase 11 anos de poder, que acabara de apresentar uma nova sociedade e um novo esteriotipo de familia inglesa a esses adolescentes que viriam ser "indies rockers".
O desemprego triplicado, a quebra de grandes indústrias, bancos e mega empresas formara então, Pais e familiares dependentes de um novo tipo de Estado que não se encontrava mais afetivo a seus cidadão.

O INDIE crescendo nesse espaço, encontrou fugas novamente no sistema de regras e comportamentos, muito parecido com aquele dos anos 60. Novamente, agora mais politizados e quase dotados de uma ideologia punk, sai as ruas o novo grupo, afim de gritar para a sociedade o que o Estado, formava e fundamentava na tão sonhada Inglaterra.

Era hora então de uma afirmação, um lema, uma retórica. John Lenon quando disse que o SONHO HAVIA ACABADO, parecia profetizar aos futuros "indies" o real motivo da formação deste movimento. Está aí a grande "Eureca Indie", formava-se então, o verdadeiro espírito "indie" e sua filosofia, aparentemente muito bem definida e apegada a um conceito de um grande ídolo mundial passado.

Ah, só lembrando Indie Rock significa rock independente, livre de gravadoras e que formam suas opiniões e guetos por si mesmo. É estou quase dando forma de humano a este tipo de som...heheheh.

Historicamente, se avaliarmos, começou como todos começaram e ainda começam. Todo movimento de margem social, de questoes politicas-soecais, começa assim, diante de um caos individual, mas que gera reflexos em algum tipo de comunidade.
Vê-se que eram então jovens de idades em comum, que agora precisavam gritar que seus pais estavam desempregados e suas vidas corriam serios riscos ante a um Estado totalitarista e preocupado com apenas sua formação. O som de guitarras e baterias gritantes e destorcidas é a voz que ecoa no ouvido do reinado.
O termo "indie" veio depois, para designar uma geração de bandas que requentou o sonho juvenil (neo) hipppie, com direito a novas quebras de guitarras e jovens "heróis" mortos.

Definido esse espírito indie, nada mais oportuno que ele voltar com força total no começo de 2000, com bandas americanas como The Strokes e White Stripes. Adolescentes cansados de Britney Spears, Cristina Aguilera e variações voltam novamente a apegarem a esse conceito musical, onde eles "encontram" letras e melodias totalmente identificáveis as suas necessidades e sentimentos de angustia e abandono.

Voltado, o tempo agora é do Hype, do moderno, do menino e menina descolados. Dos que se "beijam" em praça publica, quer homos ou heteros. Sejam todos bem vidos ao milenio do conceito solúvel. A conspiração da palavra contemporâneo parece que toma um novo folego, uma nova roupagem e segue a caminhada intacta, passando por cima dos que estão pró ou contras. Não vale realmente mais nada a não ser eu e eu mesmo.

Grupos de referências se unem em torno de seus ideiais e ai não cabe mais a aspiração pelo outro, somente daqueles que comigo, gritam. Os que querem, acompanhem-me, os que não, adeus.

Nesse barco, mais a frente depois de tempos e explosões de emoção e sentimento de aconchego sentido por estes jovens em relção ao verbo gritado e suas guitarras insanas, o indie pega carona com destino a um lugar que nao caberá mais suas ideologias, ou seu protesto.
Sobra novamente o mundo, gigante, onde o todo perde espaço para o tudo e o pobre e desolado estilo musical cai e seus jovens novamente estão abandonados.

...vou finalizar em casa, estou no trabalho...

terça-feira, março 20, 2007

Chupem a manga, assim diz a madre santa igreja..

Por Rubem Alves, hj na Folha..


RUBEM ALVES

A praga
Permitir o divórcio equivale a dizer: o sacramento é uma balela. Donde, a Igreja Católica é uma balela...

É BOM atentar para o que o papa diz. Porta-voz de Deus na Terra, ele só pensa pensamentos divinos. Nós, homens tolos, gastamos o tempo pensando sobre coisas sem importância tais como o efeito estufa e a possibilidade do fim do mundo. O papa vai direto ao que é essencial: "O segundo casamento é uma praga!"
Está certo. O casamento não pertence à ordem abençoada do paraíso. No paraíso não havia casamento. Na Bíblia não há indicação de que as relações amorosas entre Adão e Eva tenham sido precedidas pelo cerimonial a que hoje se dá o nome de casamento: o Criador, celebrante, Adão e Eva nus, de pé, diante de uma assembléia de animais, tudo terminando com as palavras sacramentais: "E eu, Jeová, vos declaro marido e mulher. Aquilo que eu ajuntei os homens não podem separar..."
Os casamentos, o primeiro, o segundo, o terceiro, pertencem à ordem maldita, caída, praguejada, pós-paraíso. Nessa ordem não se pode confiar no amor. Por isso se inventou o casamento, esse contrato de prestação de serviços entre marido e mulher, testemunhado por padrinhos, cuja função é, no caso de algum dos cônjuges não cumprir o contrato, obrigá-lo a cumpri-lo.
Foi um padre que me ensinou isso. Ele celebrava o casamento. E foi isso que ele disse aos noivos: "O que vos une não é o amor. O que vos une é o contrato". Aprendi então que o casamento não é uma celebração do amor. É o estabelecimento de direitos e deveres. Até as relações sexuais são obrigações a ser cumpridas.
Agora imaginem um homem e uma mulher que muito se amam: são ternos, amigos, fazem amor, geram filhos. Mas, segundo a igreja, estão em estado de pecado: falta ao relacionamento o selo eclesiástico legitimador. Ele, divorciado da antiga esposa, não pode se casar de novo porque a igreja proíbe a praga do segundo casamento. Aí os dois, já no fim da vida, são obrigados a se separar para participar da eucaristia: cada um para um lado, adeus aos gestos de ternura... Agora está tudo nos conformes. Porque Deus não enxerga o amor. Ele só vê o selo eclesial.
O papa está certo. O segundo casamento é uma praga. Eu, como já disse, acho que todos são uma praga, por não ser da ordem paradisíaca, mas da maldição. O símbolo dessa maldição está na palavra "conjugal": do latim, "com"= junto e "jugus"= canga. Canga, aquela peça pesada de madeira que une dois bois. Eles não querem estar juntos. Mas a canga os obriga, sob pena do ferrão...
Por que o segundo casamento é uma praga? Porque, para havê-lo, é preciso que o primeiro seja anulado pelo divórcio. Mas, se a igreja admitir a anulação do primeiro casamento, terá de admitir também que o sacramento que o realizou não é aquilo que ela afirma ser: um ato realizado pelo próprio Deus. Permitir o divórcio equivale a dizer: o sacramento é uma balela. Donde, a igreja é uma balela... Com o divórcio ela seria rebaixada do seu lugar infalível e passaria a ser apenas uma instituição falível entre outras. A igreja não admite o divórcio não é por amor à família. É para manter-se divina...
A igreja, sábia, tratou de livrar seus funcionários da maldição do amor. Proibiu-os de se casarem. Livres da maldição do casamento, os sacerdotes têm a suprema felicidade de noites de solidão, sem conversas, sem abraços e nem beijos. Estão livres da praga...

ate mais,
Lucas

terça-feira, março 13, 2007

Zeitgeist


Quero começar hj assim:
"A obra de arte genial transcende à sua época. Mas ela é fruto de uma época -de um tempo e um lugar determinados. Toda produção artística tem uma história e guarda uma relação profunda, de afirmação ou negação, com o contexto artístico e intelectual em que foi concebida. A formação do artista se dá nos marcos de uma tradição estética e cultural mais ou menos definida e o produto do seu trabalho inevitavelmente reflete, de forma mais ou menos consciente, os valores de uma época -o "clima de opinião" ou aquilo que os alemães denominam "zeitgeist", ou seja, o espírito ou ânimo definidor de um período histórico particular." EDUARDO GIANNETTI DA FONSECA

Eu nem devo terminar, não estou muito animado pra tanto.

Mas uma das palavras que Giannetti, usa aqui é a "zeitgeist". Define um espírito de uma época, o modus pensantis de uma civilização.
Muito me interessou esse texto dele, publicado na Folha, onde fala de Mozart e como a musica deste, conseguiu transmitir vividamente o espírito "zeitgeist" iluminista, naquele tempo.
Trazendo um pouco pra nós e mais uma vez afirmando que não pretendo finalizar isso agora, pergunto-me o que seria o "zeithgeist" pós-moderno que temos vivido.

É realmente não quero finalizar.
Pensemos juntos!

Ate mais,
Lucas

sexta-feira, março 02, 2007

CADÊ MINHA CONSCIÊNCIA? E A DO BRASILEIRO?

nem vou falar muito pra não estragar.

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São Paulo, quinta-feira, 01 de março de 2007


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TENDÊNCIAS/DEBATES

O direito de julgar
OSWALDO GIACOIA JUNIOR

É justo que exijamos punições exemplares. Mas não que nossa indignação se nutra no desejo de vingança

O INSUPORTÁVEL não é a dor, mas a falta de sentido da dor, mais ainda, a dor da falta de sentido. João Hélio, morto aos seis anos, arrastado em macabra agonia pela Cidade Maravilhosa, nos confronta com a abominação. Tais espasmos de brutalidade repõem, com insistência, a antiga pergunta pelo "porquê" da insânia. Por que a atrocidade?
Revoltados e humilhados, assalta-nos o desejo e a busca pelo sentido. A reação indignada, até desesperada, exige razões e providências -pois, como se sabe, "razões aliviam".
Uma das reações mais compreensíveis é: "O que fazer?" De pronto, exigimos a paga, clamamos por vingança, como por justiça. A competência jurídica é, então, requisitada: penas mais drásticas, rebaixamento do limiar de imputação penal, repressão severa e ostensiva, pena de morte. Com a solidariedade humana na dor, mescla-se a inevitável preocupação com a segurança própria e a da sociedade. Não é admissível que a sociedade permaneça refém da criminalidade.
Não é meu intuito minimizar o pungente sofrimento que assola a família, os amigos de João Hélio, enfim, toda pessoa sensível. No entanto, por penoso que seja dizê-lo, o açodamento das reações emocionais não é um bom companheiro do prudente equilíbrio que deve balizar nosso juízo e discernimento nessas ocasiões. É justo que exijamos punições exemplares. Mas não que nossa indignação se nutra no desejo de vingança.
Exigir a paga do sofrimento na medida do "jus talionis" não me parece justo ou justificado. Suplantar o espírito da vingança, mesmo no direito, é talvez o difícil caminho de auto-superação que uma sociedade pode encetar.
A esse respeito, Nietzsche tem muito a nos dizer. Lê-se num de seus textos: "O último terreno conquistado pelo espírito da justiça é o terreno do sentimento reativo! Quando ocorre, de verdade, que o homem justo seja justo inclusive com quem o prejudicou (e não apenas frio, comedido, estranho, indiferente: ser justo é sempre um comportamento positivo), quando a elevada, clara, profunda e suave objetividade do olho justo, do olho julgador não se turva nem sequer sob o assalto de lesões, escárnio, imputações pessoais, isso constitui uma obra de perfeição e de suprema maestria sobre a terra".
Não é indiferença, mas justiça positiva. Não é tibieza, apatia, tolerância irresponsável, concessão ao fácil perdão de boca para o qual fomos adestrados por milênios de civilização. Não me refiro a essa fachada de tolerância, desfeita pela mais tênue ameaça de lesão ao interesse próprio.
O olho justo, capaz de exercer a sobre-humana tarefa do julgar, não pode ser turvado pela parcialidade, tem de afastar de seu caminho tudo o que confunde e ofusca o juízo e ser capaz de não retribuir a culpa com a culpa, a humilhação com a humilhação.
Justiça significa espiritualização da potência e, portanto, poder julgar sem ter de se defender, sem querer se vingar. "O filósofo tem de dizer, como Cristo: "Não julgueis!". E a última diferença entre as cabeças filosóficas e as demais seria que as primeiras querem ser justas, as demais querem ser juízes" (Nietzsche). Como dizia Zaratustra, justiça é o amor que todos absolve, exceto o julgador.
Com isso, defendo a confiança na missão pedagógica das instituições, que não podem ser vistas como fins em si, mas como meios para a estabilização das sociedades humanas. Defendo instituições fortes e flexíveis, um ordenamento jurídico seguro e eficiente. É necessária a certeza de todos sobre a eficácia do sistema penal -tanto da condenação quanto (e sobremaneira) de um escrupuloso e sensato regime de execução da pena.
Num Estado poderoso, instituições permitem e induzem o aperfeiçoamento dos cidadãos, de modo que, reciprocamente, no âmago da mentalidade deles se entranha o respeito pela "res publica". A reciprocidade legitima a coerção das liberdades individuais, equilibrando-a com o legítimo esforço pela ampliação dos espaços de criatividade e realização pessoais.
Sou radicalmente contrário à pena de morte, pois tenho em elevado conceito a missão de julgar. Antes de qualquer condenação, uma sociedade tem de conquistar o direito de julgar. Nossa sociedade hedonista e carcomida tem esse direito? Bagatelizamos o valor da vida a tal ponto que esta pouco se diferencia de qualquer outro produto. Quantos instantes de nossa existência podemos bendizer e acolher com desejo de perpetuação? Já não vivemos, consumimos nossas vidas, como desgastamos o mundo.
Para muitos de nós, uma vida nova é um fardo, um pesado encargo social -quando não uma mercadoria que encomendamos ao sabor de preferências narcisistas. Soterrou-se em nossa memória coletiva o encanto e o mistério com que acolhíamos cada novo advento. No dia em que pudermos exultar com ele, como com uma luz num mundo de trevas, então talvez possamos repetir um novo começo.



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OSWALDO GIACOIA JUNIOR, doutor em filosofia pela Universidade Livre de Berlim (Alemanha), é professor associado do Departamento de Filosofia da Unicamp.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

A ciència, aceita Deus

As verdades de Deus (biblicas), aplicadas ao homem ("desligado de Deus"), através da religião (obras), podem religá-lo (entender a essencia no todo) e também modificar a sociedade na qual este ser está inserido.
Lucas Castro (Fev. 2007)

Será parte de minha longa jornada em escrever algo, consistente-autêntico-científico, para afirmar que os preceitos de Deus, realmente constróem um homem com outra consciência, sem precisar de tirá-lo de seu sentido Humano-homem.
Aí então, ele voltará pra sua casa depois de uma longa viagem exaustiva.

Richard Dawkins que espere-nos.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

CPPC, Homossexualidade e CFP...definiu-se

Atendimento Psicológico e a Resolução do CFP
voltar

Um dos catalisadores das contribuições presentes nestes artigos foi, sem dúvida, a Resolução 01/99 do Conselho Federal de Psicologia. Desde o seu surgimento suspeitava-se que o CPPC (ou, o que conheciam dele) fosse um alvo privilegiado. Houve o entendimento de que o CFP estaria proibindo o atendimento psicológico a homossexuais que desejassem mudar sua orientação, bem como a manifestação pública de opinião ou participação em evento que prometesse "ajuda" ou "cura" para o homossexualismo. A Resolução se inseriu no meio de dois longos e atribulados anos, da participação do CPPC no Congresso da Êxodus em Viçosa até o Forum Interno sobre Homossexualidade em São Paulo. Nesse tempo muito se falou, orou, ouviu e sofreu, possibilitando, graças à ajuda divina, um contato direto que trouxesse uma solução de melhor compreensão e conhecimento mútuo ente CPPC e CFP, além dos CRPs. Como que para coroar esse avanço, o CPPC recebeu do Conselho Federal o Ofício no. 1058-00/DIR-CFP, assinado pela Conselheira Presidente, Dra. Ana M. B. Bock, onde nossas dúvidas e temores foram oficialmente sanados, ficando entendido que o direito de atendimento psicológico continua garantido, independentemente da orientação sexual, e fica preservada a livre manifestação de idéias. Fica também ressaltada a (boa) intenção original da Resolução, no sentido de não promover a discriminação humana. Transcrevemos a seguir alguns trechos do documento, endereçado ao presidente do CPPC, Dr. Uriel Heckert:
Prezado Senhor,
"Foi grande a satisfação com que percebemos.. a existência de diferentes possibilidades de trabalho em cooperação entre o Conselho Federal de Psicologia e o Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos…" "… também porque possibilitou o esclarecimento de alguns pontos importantes acerca não somente da Resolução 01/99 deste Conselho, mas de iniciativas que dizem respeito a diferentes aspectos da prática profissional de psicólogos no país…"
"1. A Resolução insere-se no contexto da promoção dos direitos humanos, visando contribuir com os movimentos de defesa de minorias e esclarecer a população, balizando a atuação dos psicólogos. Ela reflete o consenso atual entre especialistas, sem desconhecer que o tema comporta divergências e transborda para outras áreas do conhecimento. O possível surgimento de entendimentos distintos terá que ser balizado sempre pela busca de certificação de caráter científico…"
"2. Como está claro no texto da Resolução, ela não deve servir para cercear o direito de ajuda para aqueles que livremente a procurem, independentemente da orientação sexual em que cada um queira se conduzir. Aonde quer que encontre sofrimento humano, o psicólogo buscará oferecer colaboração no sentido de sua superação ou, ao menos, de sua minoração. Tal colaboração buscará, sempre que possível, se pautar pelo atendimento das expectativas do próprio usuário dos serviços do psicólogo.
"3. Quanto aos pronunciamentos públicos dos psicólogos, o recorte indicado na Resolução é o de que não se faça apologia de atitudes discriminatórias e atentatórias à dignidade humana. A resolução preserva o direito de livre expressão de idéias, inclusive a divulgação de experiências clínicas e dados de pesquisa que lancem novas luzes sobre quaisquer assuntos, sempre atendendo às exigências típicas do debate científico…"
"Certo de que nosso debate propserará em direção ao fortalecimento da qualidade dos serviços que prestamos à sociedade brasileira, despedimo-nos. "
Atenciosamente,

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(a) Ana Mercês Bahia Bock
Conselheira Presidente


http://www.cppc.org.br

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Identidade na droga...CONCEITO

Assim, como uma primeira “via de solução” da privação emocional por meio da delinqüência,surge o caminho das drogas. Levando-se em conta a classificação das drogas em psicolépticas (soníferos, tranqüilizantes), psicoanalépticas (estimulantes) e psicodislépticas (despersonalizantes) (veja Greco Filho, 1991), entende-se que o usuário, por meio delas, poderia estar procurando satisfazer a uma ou mais entre três motivações básicas.
Com as psicolépticas, ele busca a conquista da “paz”, da tranqüilidade, a extinção do medo e da ansiedade. Com as psicoanalépticas, o estímulo, a excitação, a vida, a coragem, a expansividade de seus impulsos. Com as psicodislépticas, ele busca propriamente a fuga à realidade, as “ilusões perdidas”, outras formas de ser, certamente na tentativa de reencontrar sua forma primordial de ser, quando da privação primordial. Tais motivações básicas podem perfeitamente ligar-se às perdas fundamentais associadas à privação primordial: perda do objeto (simbolizado pela própria droga); perda da confiabilidade, segurança e autoconfiança para lidar com os próprios impulsos destrutivos; perda da oportunidade do indivíduo ser “ele mesmo”, em sua autenticidade, com todo o seu amor, seus impulsos construtivos e destrutivos. A criança e o adolescente, diz Winnicott,têm como primeiro preceito moral não abrir mão de sua autenticidade.

Delinquencia infanto-juvenil como uma das formas de solução da privação emocional*
Alvino Augusto de Sá
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Universidade Guarulhos
Universidade de São Paulo
Escola de Administra‹o Penitenci‡ria do Estado S‹o Paulo