quarta-feira, janeiro 14, 2009

FGV, aí vou eu...

Um sonho. Um presente de Deus....

terça-feira, janeiro 13, 2009

Imagine os três unidos hoje, por um Estado "alinhado, robusto, arrojado, próspero, livre"?? O povo estaria muito contente! O que pensam?
















É claro que o título disso aqui é uma brincadeira. Ou se não uma brincadeira, um verdadeiro chamado aos leitores para a atenção da atuação estatal na economia mundial.
Para tanto, publico aqui o artigo na sessão Economia da edição atual da revista Época Negócios, sob o título O Estado Pop

Uma ótima publicação e até que enfim, jornalistas estão começando a falar a verdade sobre o tema.

Segue:

O estado pop

Há uma onda de intervenções para deter a crise. Mas governos criaram mais problemas do que soluções quando atuaram como salvadores da pátria

POR ALEXA SALOMÃO


Não se devem alimentar ilusões so- bre o rápido percurso desta crise. Os seus vestígios serão duradouros. No entanto, mesmo que amanhã houvesse um ressurgimento econômico geral, seria necessária disciplina, porque os homens esquecem com facilidade e repetem as mesmas tolices e as mesmas loucuras. O Estado deve intervir? Não há dúvida.”

Se o trecho acima constasse de um teste de conhecimentos gerais, a quem você o atribuiria? 

a) George W. Bush, presidente dos Estados Unidos, quando pediu ao Congresso que aprovasse o pacote de ajuda de US$ 700 bilhões a bancos à beira da falência. 

b) Relatório anual do Fundo Monetário Internacional, que recomendou aos governos uma ação “decisiva” e “rápida” nos mercados financeiros para conter a crise. 

c) Nicolas Sarkozy, presidente da França, durante o pronunciamento em que sentenciou o fim da autorregulação, do “laisser faire” e do mercado todo-poderoso. 

d) Todas as alternativas. 

e) Nenhuma das alternativas. 

Desde que se instalou a crise financeira global, o recorrente discurso favorável a ações de intervenção do Estado na economia alastrou-se entre presidentes e instituições das mais importantes nações capitalistas. O governo britânico assumiu o controle do Royal Bank of Scotland (RBS). O governo sueco assumiu o controle do banco de investimentos Carnegie. O governo dos Estados Unidos considerou socorrer as montadoras de automóveis. O nível de crítica ao livre mercado tomou tal proporção que bem poderia inspirar um manifesto da Organização das Nações Unidas assinado por Bush, Sarkozy e apoiado pelo FMI. Mas a declaração que abre esta reportagem – aparentemente tão democrática e atual – provém de um personagem controverso de outro momento conturbado da história: Benito Mussolini, arquiteto do fascismo italiano, em 1934. Constava do pronunciamento em que o ditador defendeu a aprovação da Lei das Corporações, regulamentação que organizou empresários e trabalhadores em grupos controlados pelo Estado. A crise à qual se refere é a Grande Depressão, o fantasma do passado que inspira tantos temores nos dias atuais. 

O fato de o discurso de Mussolini soar com tanta atualidade indica que a intervenção estatal é sempre vista, num primeiro momento, como o remédio mais eficaz para os males financeiros. Mas, como a História ensina, é preciso muita cautela quando se encara o Estado como “grande pai” e “salvador da pátria”. Martin Wolf, colunista do jornal inglês Financial Times, intelectual de formação liberal, avalia bem o paradoxo da intervenção estatal: “Quando se trata de reconstituir economias em crise, não há dúvida de que a ajuda do governo é fundamental. Sem as intervenções ocorridas no ano passado, a situação teria sido muito pior”, disse Wolf a Época NEGÓCIOS. “Mas a melhora da situação vai depender de como se equilibram as falhas do sistema financeiro, de um lado, e os problemas criados pela intervenção, do outro. Infelizmente, em muitos casos, as políticas públicas pioram as coisas.”

Traço comum das 11 maiores crises: a contribuição dos governos
Quando se discute o papel do Estado no socorro aos mercados, é importante ter em mente um fato elementar: os próprios governantes costumam ter responsabilidade na criação de colapsos econômicos. Um traço comum às 11 maiores crises dos últimos 300 anos, analisadas pelo historiador Edward Chancellor em seu livro Salve-se Quem Puder, é a contribuição dos governos para a sua formação – seja por omissão, seja por oferecer orientações equivocadas. A Grande Depressão, provocada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York em 1929, é o exemplo emblemático de manobra desastrosa. Seu agravamento é atribuído ao Fed, banco central americano, que decidiu elevar os juros para enxugar o mercado especulativo, levando investidores e bancos à falência. Mais de 4 mil instituições quebraram até 1933. Andrew Mellon, então secretário do Tesouro, não se sensibilizou nem um pouco com a ruína de milhares de americanos. Acreditava que a quebradeira daria boas lições de moral a quem queria ganhar dinheiro fácil e estimularia o trabalho honesto. 


segunda-feira, janeiro 12, 2009

Construindo arte e destruindo mentes

Tadinho...
O senhor ao lado é Oscar Niemeyer. Você já deve ter visto alguma de suas obras, - maravilhosas por sinal.

Pena que ele não ficou restrito apenas à arte e por tempos vem propagando ideologias contrárias àquelas que preservam a sobriedade e liberdade humana.

Na Folha de S. Paulo de sexta-feira dia 09/01, arriscando como escritor (por favor não o deixem falar nada mais...já foi o bastante) o coitado publicou um artigo adorando as ações de Stalin, um famoso ditador comunista que tinha em suas mãos sangue de milhões de vidas em prol de sua vontade leviana de ser ditador. (engraçado isso)
Um ps.: Stalin e Hitler tiveram aspirações comuns e até mesmo acordadas entre si.

Segue abaixo o artigo:

Quando a verdade se impõe

OSCAR NIEMEYER


Alcança enorme sucesso na Europa um livro que reabilita Stálin, figura tão deturpada e injustamente combatida pelo mundo capitalista

ESTOU NO Rio, em meu apartamento em Ipanema, alheio à agitação que hoje, 31 de dezembro, afeta toda a cidade. Recebo, pelo telefone, o abraço de fim de ano de meu amigo Renato Guimarães, lembrando-me, com entusiasmo, do livro sobre Stálin que, meses atrás, lhe emprestei. Uma obra fantástica do historiador inglês Simon Sebag Montefiore, sobre a juventude de Stálin, que tem alcançado enorme sucesso na Europa, reabilitando a figura do grande líder soviético, tão deturpada e injustamente combatida pelo mundo capitalista.
E fico a pensar como essa publicação me chegou às mãos por um amigo, o arquiteto argelino Emile Schecroun, que hoje reside na capital francesa. E vale a pena comentar um pouco da vida desse querido companheiro, que, ao ter início a luta entre a França e a Argélia, deixou o PCF em Paris, onde vivia, para filiar-se ao partido comunista argelino e combater no seu país de origem, ao lado de seus irmãos, por sua libertação. E contar como sua mulher foi torturada e ele, um dia, preso e enviado sob algemas para a França.
Duas ou três vezes por ano Emile vem ao Rio me ver. Quer falar de política, lembrar dos velhos camaradas de Paris. Às vezes eufórico, contente com o que vai acontecendo pela Europa; outras, como na última ocasião em que me visitou, preocupado com a crise que envolve o PCF, na iminência de ter que alugar um andar da sede que projetei. Tentei intervir, propondo uma entrada independente que servisse de acesso aos que vão utilizar aquele pavimento... Mas logo meu amigo reage, certo de que a situação política tende a melhorar, de que os jovens da França continuam atentos ao que passa pelo mundo, prontos a protestar contra tudo o que ofende a dignidade humana.
E volto a lembrar daquele livro, a figura de Stálin ainda muito jovem, sua paixão pela leitura, o seu interesse nos problemas da cultura, das artes e da filosofia, sempre a cantar e dançar alegremente com seus amigos.
É claro que a juventude russa já sofria a influência de escritores como Dostoiévski, Tolstói e Tchecov, a protestar contra a miséria existente, revoltados com a violência do regime czarista. Muitos, a exemplo de Dostoiévski, enviados para a prisão na Sibéria, onde durante anos ficaram detidos. Depois, como tantas vezes ocorre, a vida a levar o jovem Stálin à luta política, que, apaixonado, o ocupou até a morte.
E o livro relata as prisões sucessivas que ocorreram em plena juventude, as torturas que presenciou, enfim, tudo que marcou a sua atuação heroica na luta contra o capitalismo.
Ponho-me a folhear a obra, surpreso em constatar que o seu autor, depois de enorme pesquisa que se estendeu a arquivos da Geórgia, somente há muito pouco tempo franqueados a pesquisadores, levantou informações inéditas importantes sobre a vida de Stálin.
É bom lembrar que não se trata de autor de esquerda, mas de alguém que, pondo de lado suas posições político-ideológicas, soube interpretar uma juventude diferente, marcada pela inquietação cultural, que levou Stálin à posição de revolucionário e líder supremo da resistência contra o nazismo. Muito animado, Renato me diz que, seguindo a linha política de sua editora, esse vai ser um dos livros que com o maior interesse irá publicar.
A tarde se estende lentamente. Em breve o povo estará nas ruas a cantar -alguns esquecidos de que a miséria em que tantos vivem não se justifica, outros, como nós, confiantes em que um dia o mundo será melhor.


OSCAR NIEMEYER, 101, arquiteto, é um dos criadores de Brasília (DF). Tem obras edificadas na Alemanha, na Argélia, nos EUA, na França, em Israel, na Itália e em Portugal, entre outros países.

terça-feira, janeiro 06, 2009

Neo-liberalismo X Doutrina do Choque


E ainda tem gente que acha que estão fazendo maravilhas.

Lamento aos que acreditam no poder do Estado.