quinta-feira, novembro 30, 2006

criação


Em 1890 D. Pedro II diz: "Nas trevas que caíram sobre o Brasil, a única luz que alumia, no fundo da nave, é o talento de Ruy Barbosa."

Eu estou achando interessantissimo poder fazer essa peça.

Acreditem, é pra um chá de Panela de um casal de amigos.
Agora veja só, Rui Barbosa, olhando pra um chão desértico, em que ele vai dizer algo, sugerindo um chá de panela de um casal a casar. Que coisa mais brasileira.
Leia-se entre as linhas claro.

Grande abraço, querido leitor,
Lucas Castro

enovadesign@ig.com.br

terça-feira, novembro 28, 2006

Richard Dawkins e sua ditadura em prol da não existência de Deus. Deve ter sofrido demais na infância. Nem Freud explica!



Leia o penúltimo post e compreenda melhor.

Não, obrigado!"

O artigo de Marcelo Gleiser no Mais! de domingo passado ("Ateísmo radical'), acerca do último livro de Richard Dawkins, aposta numa posição sensata. Ao denunciar o equívoco maniqueísta do autor inglês em sua luta pela hegemonia do arcano cientificista contra os "crentes", o colunista identifica corretamente ali um perigo totalitário oculto maior do que o autor pretende combater. Trata-se da construção de um projeto que, enfim, irá redimir todos, desta vez sob o principado da ciência. Não, obrigado! Preferimos a liberdade de desconfiar. Inclusive, ou especialmente, de Richard Dawkins." PAULO ROSENBAUM, médico, doutor em ciências pela Faculdade de Medicina da USP (São Paulo, SP)

Eu faço destas, minhas palavras, certamente.
Ora, segundo Dawkins, Deus em nós é a vontade de preencher o pesado vazio de nossa existència (apesar de super atual este cara, juro que ja ouvi isto antes). Inventamos Deus. Os homens, pobres homens, inventaram uma dinvidade pra que sobre ela, pudessem derramar a frustração de um início sem fim. Aquela retórica, "de onde viemos pra onde vamos" insiste em nos incomodar em pleno século XXI. Dawkins quer acabar com a possibilidade de Deus, ser ensinado nas escolas, de Deus, ser debatido em uma roda de amigos, de idosos não terem mais direito de sentirem-se família de uma família que nunca os colocará em azilos ou os deixarão a mercê do tempo, sendo corroídos pelos cupins dos orgulhos sociais. Enfim Dawkins quer imputar a ciência o direito de ser chamada de Deus.

Definitivamente, nisso minha existência não se apoiará.
Pensar nesta possibilidade é cancelar em mim, na humanidade, o princípio da História. É dar a mim mesmo cabo de minha origem e de meu destino. É afirmar o que afirmou o homônimo de José de Alencar em "Senhora" quando afirma: Sucumbi, por isso desisto de mim mesmo.

É inevitável a existência de um Criador, de um "design inteligent. É inevitável perceber que o cosmo, nele mesmo, não encontra explicação se não por um Pensador.

A vida, nunca mais será vida, se dela for amputada sua maior Certeza.

Sugiro aos meus leitores, procurarem em si mesmos suas verdades, sem descobrirem que delas, emanam a mais perversa das mentiras.
Hj, a sabedoria não se explica como fonte de verdade, como no Iluminismo. O homem se corrompeu demais pra ainda acreditar na esperança da Razão.

Pensar, será sempre o melhor método de se analisar.
A fé é apenas e demais, a chave mestra da porta emperrada da razão.

Com carinho no Filho do Homem, que antes deu, pra depois receber,

Lucas Castro

segunda-feira, novembro 27, 2006

FILME INDICADO


Batismo de Sangue(Batismo de Sangue, Brasil, 2006)
Gênero: DramaTipo: Longa-metragem / Colorido
Distribuidora: Downtown
Produtora(s): Quimera Filmes
Diretor(es): Helvécio Ratton
Roteirista(s): Dani Patarra, Helvécio Ratton, Frei Betto

Estréia em 2007

Palavra de Frei Betto, padrinho de um grande amigo aqui em BH:
"Precisamos manter viva a memória da ditadura militar, para que isso não se repita no futuro do Brasil. Esquecer é injusto. Não queremos vingança, mas precisamos acertar as contas com o nosso passado".

ps.: meu amigo nunca me apresentou a ele (Frei)...snifff

domingo, novembro 26, 2006

A ciência não deve se propor a tirar Deus das pessoas

+ Marcelo Gleiser
Ateísmo radical (Folha de São Paulo, hj, no fabuloso caderno +Mais)

"Não é surpresa para ninguém que existem tensões entre ciência e religião. Santo Agostinho, o primeiro grande teólogo do cristianismo, afirmava que o pensamento aplicado à natureza leva ao pecado e à perdição; que, para obter a redenção, o importante é dedicar-se à adoração do eterno.Mas a verdade é que a relação entre ciência e religião é bem mais complexa do que essa divisão superficial entre dois campos, o da razão e o do espírito. Infelizmente, volta e meia aparecem depoimentos que exacerbam exatamente essa polarização destrutiva. É o caso de três livros recentes: "O Fim da Fé" ("The End of Faith"), de Sam Harris; "Quebrando o Feitiço" ("Breaking the Spell"), de Daniel Dennett; e "A Delusão Divina" ("The God Delusion"), de Richard Dawkins. É sobre o livro de Dawkins, o mais virulento de todos os três, que escrevo hoje.Primeiro, vamos às apresentações. Richard Dawkins é um biólogo especializado na teoria da evolução, professor em Oxford, Inglaterra, e um dos divulgadores de ciência mais famosos do mundo, com best-sellers como "O Gene Egoísta" e "O Relojoeiro Cego". Dawkins é um ateu declarado. Até aí tudo bem; muitos cientistas o são. Para muitos, mas não todos, é importante frisar isso: a conciliação entre uma descrição científica do mundo -baseada na obtenção de informação empírica da natureza por meio de experimentos e observações quantitativas- e a aceitação de uma realidade sobrenatural, inescrutável à razão humana, é impossível. Já para alguns, o estudo da ciência serve para comprovar a beleza da criação. Imagino que Dawkins considere esses cientistas religiosos no mínimo incompetentes.Para ele, a ciência é um clube fechado, onde só entram aqueles que seguem os preceitos do seu ateísmo, tão radical e intolerante quanto qualquer extremismo religioso. Dawkins prega a intolerância completa no que diz respeito à fé, exatamente a mesma intolerância a que se opõe.Vejamos um de seus argumentos. Se a complexidade do mundo foi criada por uma divindade, esta deve ser necessariamente mais complexa do que tudo o que criou. Porém, segundo a teoria da evolução, isso é impossível: a complexidade é produto da evolução. A divindade criadora deveria ter sido a última e não a primeira a surgir.A quem Dawkins dirige um argumento desses? Certamente não aos religiosos. Qualquer pessoa que conheça um mínimo de teologia sabe muito bem que a idéia fundamental das religiões é que o divino não segue as regras causais que regem o mundo material. Deus não evoluem; são absolutos, existem fora do tempo. Ele afirma que seu alvo são os "indecisos", que não acreditam em causas sobrenaturais mas não se declaram ateus. Será esse o modo de resolver o embate entre ciência e religião?Na minha humilde opinião, absolutamente não. A atitude belicosa e intolerante do cientista britânico só causa mais intolerância e confusão. Seu grande erro é negar a necessidade que a maioria absoluta das pessoas tem de associar uma dimensão espiritual às suas vidas.Um erro meio parecido com o do materialismo dialético dos comunistas, em que tudo é atribuído a causas materiais. Tirar Deus das pessoas e colocar um líder fascista no seu lugar não dá certo. A ciência não deve se propor a tirar Deus das pessoas. Se é essa a sua guerra, então ela já perdeu." ...

MARCELO GLEISER é professor de física teórica do Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo"

É impossivel aceitar Darwin e sua imatura teoria da evolução.
Como podem existir vários que acreditam nisso?
Ora, prefiro ficar com a máxima do livro "E Agora Como Viveremos": A nossa origem vai definir nosso destino. Se de uma explosão viemos no caos viveremos, se somos frutos de um Ser Pensante, certamente pra Ele, voltaremos.

Título: E Agora Como Viveremos?
Autores: Charles Colson e Nancy Pearcey
Editora: CPAD, 2.000
Páginas: 647

sábado, novembro 25, 2006

Esposa...


see us on too http://www.luamaisa.blogspot.com
fotolog.net/isapassos_hella
fotolog.net/modificado777

sexta-feira, novembro 24, 2006

Lembram da Graça sem graça que citei a uns 4 posts atrás (pergunta) Pois é, saiu ontem na folha um texto!


por CARLOS HEITOR CONY

A GRAÇA SEM GRAÇA (folha de São Paulo)

RIO DE JANEIRO - No princípio, a inteligência estava acima de todas as coisas. Lado a lado com a beleza -que, já dizia Platão, é o esplendor da verdade. Aos poucos, com os trancos e barrancos da vida, fui percebendo que a inteligência era uma baia (não confundir com Bahia) onde a burrice se cevava, engordava, dava crias. E a beleza, bem, nada mais era do que um ponto de vista.O pôr-do-sol que admiramos do Arpoador pode ser considerado banal, dividido entre muita gente, tornando-se monótono, o que acontece todos os dias quando não chove, e é igual a outros "tramontos".Basta o cidadão se deslocar alguns metros no terreno e o Sol ainda não se pôs nem se porá, pois há o amor que move o Sol e as estrelas -e aqui entra uma erudita citação de Dante. E outra de Kipling, citada por Orson Welles sobre arte: Adão estava na dele, olhando tudo em volta. De repente, apanhou um pedaço de pau e começou a desenhar: um rosto, talvez, uma paisagem.Tal como o Senhor que o criara, Adão achou sua obra boa e bonita. Mas aí a Serpente, atrás de uma parreira, botou a sua linguinha bipartida para fora e comentou: "Sim, é bonito... mas é arte?". O drama está todo aí -e, de Adão em diante, a serpente saiu das parreiras e se aninhou dentro de nós.É bonito..., mas vale a pena? O que vale a pena? Fernando Pessoa disse que tudo vale a pena se a alma não é pequena, mas como se pode medir um valor imensurável? De graça, até a graça não tem graça nenhuma.Lembro o Adolpho Bloch, que barganhou até o impossível o preço de uma encomenda editorial. Rubem Braga, meio chateado com o secular know-how de pechinchar dos judeus, desabafou: "Tá bem, Adolpho, eu escrevo isso de graça para você!". E o Adolpho, indignado: "Não! De graça nem por um milhão de cruzeiros!".

quinta-feira, novembro 23, 2006

Isabella e Lucas ::: Buenos Aires, tour 2007


Panorámica del proyecto del nuevo centro cultural y residencial del estudio Foster & Partners para el Art Distrct de Faena, en Puerto Madero

Acabamos por ir coñeser la bela ciudad di Buenos Aires.
Lua de Mel, tour 2007

quarta-feira, novembro 22, 2006

A CLASSE SEM PUDOR..

Estudo publicado no Reino Unido defende que as classes médias desenvolveram uma "anomia do mercado", caracterizada pela desconfiança e cinismo em relação às leis e
aos regulamentos






Por RICHARD TOMKINS

Você está trabalhando até tarde no escritório. Enquanto carrega a impressora com mais papel, lembra de repente que acabou o papel A4 de sua casa. "Bem", você diz a si mesmo, "estou fazendo hora extra sem ganhar nada a mais por isso, então a empresa me deve". Sentindo-se justificado pelo que faz, você retira um pacote de 500 folhas do almoxarifado da empresa, e, aproveitando o ensejo, leva para casa também uma fita adesiva, três esferográficas e um bastão de cola Pritt. É claro que esse é um furto puro e simples. Se você fosse flagrado roubando esses objetos de uma papelaria, a polícia viria prendê-lo. De alguma maneira, porém, a classe média conseguiu convencer-se de que, se ela comete um crime visando seu ganho pessoal, não é a mesma coisa que acontece quando um membro das classes criminosas o faz. Então ela mente, engana e rouba com a consciência tranqüila. Pessoas da classe média fraudam seus impostos, escondendo dinheiro fora do país ou fazendo compras no exterior e escondendo da alfândega o que compraram. Inventam ou exageram perdas para receber dinheiro indevido de seguros. Compram produtos contrabandeados, com plena consciência do fato, e adquirem cópias ilegais de softwares de computador. Roubam toalhas de hotéis e academias de ginástica, fraudam suas despesas custeadas por suas empresas. E se prestam a cometer praticamente qualquer ato desonesto que se possa imaginar para conseguir que seus filhos encontrem vagas nas escolas que desejam para eles. Um estudo conduzido por criminologistas na Universidade Keele constatou que quase dois terços dos britânicos admitiram cometer atos desonestos, tais como deixar de dizer alguma coisa quando recebe troco em excesso, pagar empreiteiros em dinheiro vivo para evitar a cobrança de impostos ou comprar roupas para uma ocasião especial e devolvê-las depois, pedindo um reembolso. Os piores infratores foram pessoas da classe média: 70% dos entrevistados das classes sociais A e B admitiram cometer fraudes e desonestidades no cotidiano, comparados com 53% dos entrevistados das classes D e E. Onde foram parar frases como "a honestidade é a melhor política", "quem engana não prospera", "a virtude é sua própria recompensa" e outros axiomas semelhantes da classe média? Será que a classe média deixou de acreditar neles? Houve época em que as classes médias praticamente se definiam por sua retidão ética, ocupando uma posição moral supostamente elevada, entre as classes trabalhadoras displicentes e a aristocracia degenerada. Afinal, na era vitoriana muitos integrantes da classe média eram membros da vertente protestante dos não-conformistas, cuja origem remontava aos puritanos do século 17. Os códigos morais permeavam todos os aspectos da conduta pessoal -mais evidentemente a sexualidade, que a classe média procurava reprimir ao máximo. Como a limpeza era a virtude mais próxima da divindade, corpos, roupas e casas tinham que estar lavados e escovados sempre.

Fonte: Folha São Paulo
mais em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs1911200620.htm para assinantes Folha.

terça-feira, novembro 21, 2006


Cartão pra envio aos clientes da rushdigitizing.com feito por mim, hj, pra comemoração do dia de ação de graças americano. Não consigo entender qual graça.


Abaixo, um caos a caminho e um aviso de que Lula, não vai bem. Meu candidato, confesso.

O todo-poderoso
BRASÍLIA - Lula deixou o PT para trás, deve comemorar amanhã a proeza de unir a maioria do PMDB em torno dele, confraterniza no Aerolula com o tucano Arthur Virgílio (que já ameaçou "dar uma surra" no presidente) e está matutando uma reunião com todos os ex-presidentes -incluindo Collor. Há 21 anos, Aureliano Chaves engoliu suas divergências históricas em Minas, Ulysses Guimarães deixou de lado a competição e o ciúme no PMDB e estavam lá com FHC, Covas, Bornhausen, Roberto Freire, em torno de Tancredo Neves. E onde estava o PT? Não estava pensando "no país", como Lula pede agora, mas fazendo o cálculo político: o que era melhor para o projeto de poder deles próprios? O PT e Lula negaram o voto em Tancredo, criticaram duramente o caótico governo Sarney, lideraram CPIs e jornalistas para derrubar Collor, passaram 8 anos num esforço diário para transformar o governo FHC no mais corrupto de todas as galáxias. Foi assim que Lula se elegeu sob a bandeira da ética e o compromisso da mudança. O que se viu? A ética era "igual à de todo mundo" e nada mudou, a começar da política econômica que o PT tanto condenava. Quando algo vai mal, é a "herança maldita". Quando estoura um escândalo, é "armação da imprensa e das elites". Quando escândalos deixam de ser exceção e viram regra, é porque "todo mundo faz". Cristovam Buarque registra: "Tudo que é bom foi Lula quem fez, tudo que é errado a culpa é dos outros". Uma reunião do atual com os ex-presidentes será engraçada: Sarney odeia Collor, que odeia Itamar, que odeia FHC. E todos fazendo figuração para Lula, o imperador. Sarney aderiu faz tempo, mas Collor, Itamar e FHC só aceitam encenar a coroação de Lula se tiverem uma grandeza pessoal extraordinária. Ou estômago de avestruz.

sábado, novembro 18, 2006

São Paulo e Brasil não podem sofrer com a mídia burra e exagerada.

É certo que muita informação hj, trouxe ao homem, muita possibilidade de escolha.
Mas na verdade, parece que o contrário é maior verdade.
Lendo a Folha deste dia 17, que agora tenho o prazer te te-la todo dia entregue pela manhã em meu (nosso) querido "loft", pude perceber que o caos midiático realmente tomou conta de São Paulo e do Brasil. Descobri que em outros países isso ja está proibido. Percebi que a própria Folha, hj, tem muita mídia, mas ainda bem que muita informação. Poxa, nao precisamos mais de mídia, a internet ja nos cansa demais.

Deus abençoe tdos leitores.
Lucas


Segue abaixo o texto fatídico:

Abaixo o lixo visual
ALEXANDRE WOLLNER

Vamos discutir esse assunto para o bem da cidade como um todo, e não só para um segmento. Ou segmentos em separado INCRÍVEL, logo no meu café da manhã, leio um artigo de meu amigo de décadas, o publicitário Francesc Petit, "Viva a poluição visual", publicado nesta Folha no dia 9 de novembro de 2006 (primórdios do século 21). Enfatizo a data pela necessidade de diferenciar do teor do artigo do meu amigo, que parece ter sido escrito nos séculos 19 e 20. Primeiro: a atividade publicitária acompanha a evolução criativa, tecnológica e científica universal e vem exigindo uma linguagem mais criativa, usando mídias contemporâneas adequadas para uma veiculação tecnicamente mais evoluída, respeitando a integração com a comunidade sem agredi-la. Se, no século 19, a litografia, como diz o meu amigo, surge permitindo reproduzir cartazes, é porque, nessa época, era tecnologicamente viável apenas esse meio. Não existia, além dos jornais e revistas, outras possibilidades. Mais tarde, no princípio do século 20, vêm o rádio e, logo em seguida, o cinema. Depois, na segunda metade, a informática, a TV. Segundo: os exemplos de cartazes de cartazistas franceses, suíços, americanos e alemães (nenhum brasileiro além do articulista?) que Petit menciona, em sua maioria, tinham finalidades culturais, eram executados por artistas renomados e eram colocados, respeitando o ambiente urbano, para serem vistos por pedestres, carroceiros com suas mulas e veículos com pouca mobilidade nas cidades. Cartazes culturais afixados em muros urbanos como "pissoirs redondos", em teatros, cinemas, museus e estações de metrô, muito bem posicionados e sem encher o saco de qualquer cidadão por nenhum tipo de intervenção agressiva urbana. Isso já no século 19. Terceiro: se o articulista visitar Paris hoje, início do século 21, também dando um pulo (se tiver tempo) em Nova York, Londres, Berlim, Tóquio, Zurique, Buenos Aires e até no Rio de Janeiro, verá que a poluição visual está restrita a um centro especifico (Times Square, por exemplo). Não está na cidade como um todo! Isso faz parte da legislação urbana dessas cidades -é oficial e ninguém chia. Toda cidade tem de ter um plano diretor feito pela comunidade como um todo e de comum acordo, não só pelos publicitários e locatários de espaços urbanos. São Paulo é horrível arquitetônica e urbanisticamente falando, e os publicitários usam o argumento de que a cidade precisa ser escondida visualmente de seus habitantes. Nesses termos, até estou de acordo com ele. Mas, aí, precisaremos conversar com os urbanistas e os arquitetos responsáveis pelos projetos de apartamentos e centros de moda de luxo no padrão do estilo do "classicismo francês", jardins como a praça Roosevelt (quem tem coragem de entrar nela?), praça da Sé, praça da República etc. São Paulo tem de ser visível como é realmente. Não temos de escondê-la. Talvez a comunidade fique ciente e vamos discutir como melhorar. Quanto ao outdoor, percebemos que a função foi totalmente desvirtuada. Petit fala com conhecimento de causa quando diz que o cartaz deve ser explicativo no tempo máximo de três segundos (telegráfico) para ser percebido e memorizado. Mas de que cartazes ele está falando? Dos que estão aí nas ruas e avenidas? Você, caro leitor, ontem, quando voltou do escritório para casa, de carro, atravessando várias ruas, praças e avenidas, me diga: Qual cartaz você memorizou? Anotou o número de telefone, o e-mail, o site, o número de prestações e as inúmeras qualidades e informações? Nesse trânsito caótico, memorizar, quanto mais anotar, não dá. A maioria dos cartazes atualmente veiculados praticamente são executados sem preocupações tecnológicas, inclusive por questões econômicas, por quase todos os escritórios de publicidade, como se fossem um grande anúncio de varejo, ampliado aleatoriamente, colocado no contexto urbano em qualquer suporte viável e de maneira inadequada. A produção criativa de cartazes urbanos é necessária pelos valores culturais, sociais e econômicos, mas eles devem ser usados de maneira ética e responsável, integrada respeitosamente ao contexto que envolve a comunidade, sem agredi-la. Precisamos cultivar e administrar essa cultura e reconhecer que profissionais poderão enfrentar esse problema de maneira satisfatória. Vamos discutir esse assunto para o bem da cidade como um todo, e não só para um segmento. Ou segmentos em separado.

ALEXANDRE WOLLNER, 78, designer, é sócio-proprietário da Wollnerdesigno.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Deus em sua soberania, nos presenteia com Graça

Vestibular 2007.
Psicologia, manhã 2007.

Aprovado.

Corpo acadêmico, aí vou eu.

quinta-feira, novembro 16, 2006

O sofrimento é o megafone de Deus para um mundo surdo


Ora.
Não pense vc que Deus é chegado num sofrimento, que não é não. E nem que ele é mau, pq tb não é não.
Mas Deus, ser capaz de definir nossas escolhas, isso tb Ele não é.
Apesar de sua supremacia enquanto divindade, capaz de escolher apertar um delete pra sociedade pós-moderna e contemporânea, atual, Ele, isso não faz.

Uma coisa é certa, 0 homem é detentor do seu meio de vida, mas não da forma final que possa querer dar a ela.
O início, ele concede, na sua vitória daquela famosa corrida "espermorgânica".
O final, será sempre fruto de nossas escolhas.

Recentemente, partiu-se um conhecido, vítma da AIDS. Dois dias antes de partir, foi visitado por um "anjo", que lhe concedeu direito de escolher. Ele, não mais vítma, escolheu descansar, partiu salvo, perdoado, acariciado e hj, dorme no prazeroso leito de Deus, ancioso por um beijo do mesmo e um susurro que certamente lhe dirá: Eis aqui, meu filho, do qual tenho orgulho.

C.S.Lewis (o escritor de Crônicas de Nárnia que vc acha em sua locadora) afirmou: "Deus sussurra nos nossos prazeres, na nossa conversa e por meio da nossa consciência, mas grita por meio do sofrimento. O sofrimento é o megafone de Deus para despertar um mundo surdo. "

A Graça sempre será de graça para os que têm graça.
Esta é a chave do nosso jogo com Deus.


imagem: http://www.dialectica.net/

quarta-feira, novembro 15, 2006

cliente: Motobras


em processo...

votem!!!

terça-feira, novembro 14, 2006

UTOPIAS...a sindrome de Neverland ( adaptação minha, texto: folha S.P)

Utopias no varejo
Mestre da distopia urbana, o inglês J.G. Ballard fala de seu novo romance, "Venha a Nós", e define o consumismo como "a nova patologia da vida cotidiana"
MARIANNE BRACE
J G. Ballard conhece vendas. Na juventude, por algum tempo, ele foi vendedor de enciclopédias para crianças e aprendeu sobre a relação psicológica entre o aspirante a vendedor e o alvo interessado em comprar uma maneira de melhorar a vida. "Vender é como seduzir uma garota", diz Ballard.Ele "acreditava" na "The Waverley" [enciclopédia de língua inglesa] porque a havia lido, quando menino. Sempre que se sentia entediado, a mãe mandava que fosse ler "os oito volumes". "Ela os chamava assim", ele ri. "Era o que tínhamos de mais próximo da televisão".O novo romance de Ballard, "Kingdom Come" [Venha a Nós, ed. Fourth Estate, 15,99 libras, R$ 65), como de hábito nos trabalhos do escritor, encara de maneira pessimista os perigos do varejo como terapia.
"O tédio é uma perspectiva assustadora; há um limite para o número de microondas que se pode comprar; o que fazer depois?"
Em Brooklands, uma cidade-dormitório no vale do rio Tâmisa onde a paisagem é dominada pelos domos do shopping center local, a decisão moral mais difícil é escolher o modelo de máquina de lavar. Mas até mesmo as pessoas mais acomodadas anseiam por sensações.À noite, os consumidores que acorrem ao Metro-Centre assumem nova encarnação como turbas de torcedores de esportes, vestindo suas camisetas com a cruz de St. George e atacando imigrantes."O consumismo é tão esquisito. É como uma espécie de conspiração da qual somos todos cúmplices", diz Ballard, que não vai às compras. "Você poderia imaginar que os consumidores que se dedicam a gastar o dinheiro que lhes custou tanto ganhar teriam enorme senso crítico. Todos sabemos que os fabricantes estão tentando nos engambelar."Estamos sentados na modesta casa do escritor em Shepperton, onde a indústria evidentemente não conseguiu engambelá-lo. Além do televisor, não existe traço de bens de consumo supostamente duráveis na casa. Ele nem mesmo tem um computador. "Criei meus três filhos nesta casa, e nada mudou por aqui. Nada muda de lugar há 30 anos", diz.Mas, embora as coisas continuem as mesmas na casa de Ballard, o mundo externo se reinventou. Agora, o panorama da Grande Londres "carece de todos os traços clássicos daquilo que costumava ser urbano -a sede do governo local, a igreja, a sede da paróquia, a biblioteca pública. Tudo isso se tornou em larga medida coisa do passado".O fenômeno fascina Ballard. "A maior parte dos escritores ingleses não se interessa por mudanças, mas sim pelo romance social. Isso exige um pano de fundo estático. Eu me interesso profundamente por mudanças, provavelmente por autopreservação. Que diabos acontecerá a seguir?"Desintegração psíquicaAs cidades afogadas, paisagens calcinadas e selvas de asfalto de Ballard se tornaram notavelmente proféticas. Quer se trate de conjurar pântanos primevos ou torres residenciais cujos moradores estão em estado de regressão, ele reconhece nosso apetite por desintegração psíquica e física e nos alerta para o que talvez nos espere.Se suas tramas às vezes deixam a desejar e seus personagens são genéricos (arquitetos, médicos, psiquiatras), a prosa controlada que ele produz inclui imagens quase narcoticamente belas e está repleta de idéias perturbadoras.Duas coisas, em especial, alimentaram sua imaginação. Xangai, "um lugar terrivelmente excitante, uma cidade midiática antes mesmo que o conceito existisse", o local em que ele cresceu e "cidade que vem sendo o principal propulsor da minha ficção. Tentei alterar o mundo para que se parecesse com a Xangai dos anos 1930".Seus estudos anatômicos e fisiológicos, enquanto isso, propiciam "uma vasta antologia de imagens e metáforas".O trabalho de Ballard se enquadra de alguma maneira entre o de Joseph Conrad e o de William Burroughs. Seus primeiros protagonistas encontravam seus próprios corações das trevas em mundos mapeados por desastres ecológicos ou novas fronteiras entre imensos lagartos e florestas cristalizadas. Essas fronteiras passam a ser psicológicas em obras mais experimentais, como "The Atrocity Exhibition" [A Exposição de Atrocidades].Em seus 50 anos de carreira, as locações oníricas deram lugar a espaços artificiais fechados nos quais os personagens se dedicam a atividades transgressivas só para terem certeza de que ainda estão vivos.Ballard tem a rara distinção de aparecer em forma de adjetivo ("Ballardian") no dicionário de inglês "Collins". Será que o escritor -como o verbete propõe- trata preferencialmente de distopias?Ballard não consegue resistir a uma inversão característica. "Decidi que me transformaria em utópico. Gosto dessa paisagem da rodovia M25 e do aeroporto de Heathrow. Gosto de escritórios de empresas de transporte aéreo e de empresas de locação de carros. Gosto de pistas expressas duplas. Quando vejo uma câmera de circuito fechado, sei que estou seguro. O que odeio" -Ballard se inclina e sorri- "é o que se costuma chamar de legado londrino. Esse é um ódio que desenvolvi há pouco. O legado londrino não inclui só Bloomsbury, Whitehall, a torre de Londres. Na verdade, se trata da Londres da classe média -Hampstead, Notting Hill, qualquer local que encontremos onde a cultura de convidar amigos para jantar em casa ainda resiste".A Inglaterra realAinda que se admita "muito nostálgico" em relação à sua infância, Ballard zomba do sentimental amor inglês pelo passado. "Continuamos a acreditar que a Inglaterra seja um lugar de pátios quadrangulares cercados de construções góticas, de praças de aldeia, em toda aquela bobagem de John Major [premiê britânico entre 1990 e 97] sobre cerveja quente e orações noturnas. Por favor, me poupe", ele diz, rolando de rir."Morando aqui ao lado da [rodovia] M25, sei que estou na Inglaterra real. Essa é a Inglaterra que votou em Tony Blair, por vôos baratos para as ilhas Seychelles e por um serviço nacional de saúde mais eficiente. Milhões de pessoas vivem aqui e não estão interessadas nos velhos pátios e suas construções góticas."Mas de que maneira o afeto por uma região semicomercial próxima ao aeroporto se enquadra no desdém que ele ostenta por shopping centers, como o Bentall Centre, na vizinha Kingston?"Por que eu detesto tanto o Bentall Centre?" Ballard pára e pensa. "Porque é tão... cretino." Ele já observou os consumidores lá. "Parecem estar caminhando em uma espécie de espaço de sonho comercial, e sinais vagos flutuam por seus cérebros." O consumismo se tornou parte do ar que respiramos. "É por isso que serve como potencial base para alguma grande mudança psicológica."Ballard pretendia escrever um quarteto sobre o que define como "a nova patologia da vida cotidiana". "Venha a Nós", como os três romances precedentes, é uma história de mistério em torno de um assassinato, investigado pelo narrador. "Todos os quatro romances tratam da criminalização da vida cotidiana", explica. O crime energiza um exclusivo centro turístico espanhol em "Noites Cocainômanas", enquanto a recreação dos criminosos reanima os zumbis executivos no parque empresarial "Super-Cannes".A classe média do bairro de Chelsea Marine descobre o poder do crime sem sentido, em "Terroristas do Milênio" [Cia. das Letras]. Para os desajustados em "Venha a Nós", o crime é o fascismo.Os narradores se tornam implicitamente criminosos, seduzidos sem resistência por um personagem moralmente equívoco. Ballard diz endossar "as idéias oferecidas pelo Dr. Maxted, em termos gerais".Em "Venha a Nós", o psiquiatra Maxted diz que "o consumismo cria imensas necessidades inconscientes que só o fascismo pode satisfazer. E o que é o fascismo a não ser a forma que o consumismo toma ao optar por loucura eletiva?". Como publicitário, o narrador, Richard, percebe as possibilidades. Determinado a descobrir quem matou seu pai, ele ajuda a preparar um líder de culto, começando pelas "salas de hospitalidade da TV vespertina"."O tédio é uma perspectiva assustadora. Há um limite para o número de carros e microondas que se pode comprar. O que fazer depois?", pergunta.No passado, ele previu um futuro em que o tédio seria interrompido por atos violentos e imprevisíveis. "O consumismo e o fascismo têm certas afinidades", argumenta ele. "É uma forma de votar em que a urna é substituída pela caixa registradora... A única atividade cívica da qual participamos é o consumo, especialmente nos maiores shopping centers. Trata-se de cerimônias de afirmação em massa.""Venha a Nós" traz a familiar mistura de absurdo, percepção e humor provocante que caracteriza a literatura de Ballard. Entre seus livros favoritos, menciona "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll, "Moby Dick", de Herman Melville, "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, e "Ardil 22", de Joseph Heller, todos eles tratando de mundos fechados e dotados de lógica própria e bizarra."O realismo já não serve para os romances. Não há como competir com o cinema, a televisão ou com os comerciais de TV, em termos de construir uma imagem naturalista do mundo. O romance atinge sua melhor forma quando cria do zero um mundo próprio."Vida surrealistaDe acordo com Ballard, porém, "a vida está repleta de momentos surrealistas. Basta percebê-los. Os seres humanos são os únicos membros do reino animal cujo estado mental normal fica bem perto da loucura".Quando menino, testemunhou grande violência. Passou a desconfiar da realidade convencional. "Compreendi que aquilo que vemos como realidade convencional -a tranqüila rua de subúrbio, por exemplo- é apenas um cenário que pode ser arrastado para longe."Ballard se define como libertário. "Defendo o sexo livre, o álcool, e liberalizaria as drogas se houvesse um jeito de proteger os adolescentes." Como escritor, porém, diz: "Tendo a moralizar e lamento que isso aconteça, porque faz de mim uma espécie de vendedor. Estou vendendo a nova e mais quente linha da temporada -a psicopatologia!", ri Ballard. "Eu às vezes sou veemente demais ao expor minhas idéias. Termino por me repetir. Mas quero reforçar a mensagem."

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Folha de São Paulo de hj

Acusação virou prova, diz Gushiken ao sair
Ex-ministro afirma, em carta de despedida a Lula, que crise do mensalão acabou com "presunção de inocência" no paísPetista disse que pediu para deixar de ser ministro; seu substituto no Núcleo de Assuntos Estratégicos é irmão de Mercadante DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na qual se despede do governo, o ex-ministro e hoje chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Gushiken, afirma que a crise do mensalão abalou o pilar da "presunção de inocência". Segundo ele, certas acusações se transformaram em "prova de culpa"."Os aspectos deletérios daquela crise [do mensalão] também não podem ser esquecidos. Na voragem das denúncias abalou-se um dos pilares do Estado de Direito, o da presunção de inocência, uma vez que a mera acusação foi transformada no equivalente à prova de culpa", afirma o petista na carta.Para Gushiken, o clima político-eleitoral estabeleceu "juízos distorcidos". "Com base nesse preceito execrável buscou-se destruir reputações. O clima político-eleitoral envenenado pela maledicência turvou o ambiente, contaminou as percepções e estabeleceu juízos distorcidos", disse o petista.Na carta, Gushiken diz que partiu dele a iniciativa de deixar o ministério. "Naquela conjuntura, (...) fiz questão de ser destituído da condição de ministro para que, em meio à crise política que se instalara, pudesse responder às acusações e evitar que as inúmeras ilações feitas contra minha conduta prejudicassem o governo."Com a saída de Gushiken, o coronel Oswaldo Oliva Neto, atual secretário-geral do NAE e irmão do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), assume interinamente a função.Marcos ValérioGushiken fez parte do grupo de ministros da coordenação de governo, o chamado "núcleo duro" de Lula. No ano passado, perdeu o status de ministro ao deixar a Secretaria de Comunicação de Governo.Ele foi acusado por Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, de ter ordenado à Visanet que fizesse contrato com o empresário Marcos Valério. Gushiken nega.Como chefe do NAE, Gushiken sofreu um desgaste com o caso das cartilhas que faziam promoção do governo. O Tribunal de Contas da União suspeita de superfaturamento. Gushiken também nega essa acusação e diz que as cartilhas foram impressas seguindo o "procedimento padrão".A saída de Gushiken foi classificada como simbólica pela oposição no Senado. "A demissão encerra o núcleo duro responsável pela arquitetura de um projeto de poder de longo prazo que organizou um complexo esquema de corrupção", disse o líder da minoria, Álvaro Dias (PSDB-PR)."[A saída] é simbólica. Agora, do filme "Entreatos", só sobrou a dona Marisa", disse o líder do PFL, José Agripino Maia (RN), citando o filme de João Moreira Salles sobre os bastidores da campanha de Lula em 2002.O pefelista Antonio Carlos Magalhães (BA) ironizou: "Por que o senhor Gushiken, (...) na sua carta, não entrega o seu sigilo bancário, fiscal e telefônico para que possamos fazer uma análise da sua figura em relação ao governo Lula?" (EDUARDO SCOLESE E SILVIO NAVARRO)