quarta-feira, fevereiro 28, 2007

A ciència, aceita Deus

As verdades de Deus (biblicas), aplicadas ao homem ("desligado de Deus"), através da religião (obras), podem religá-lo (entender a essencia no todo) e também modificar a sociedade na qual este ser está inserido.
Lucas Castro (Fev. 2007)

Será parte de minha longa jornada em escrever algo, consistente-autêntico-científico, para afirmar que os preceitos de Deus, realmente constróem um homem com outra consciência, sem precisar de tirá-lo de seu sentido Humano-homem.
Aí então, ele voltará pra sua casa depois de uma longa viagem exaustiva.

Richard Dawkins que espere-nos.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

CPPC, Homossexualidade e CFP...definiu-se

Atendimento Psicológico e a Resolução do CFP
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Um dos catalisadores das contribuições presentes nestes artigos foi, sem dúvida, a Resolução 01/99 do Conselho Federal de Psicologia. Desde o seu surgimento suspeitava-se que o CPPC (ou, o que conheciam dele) fosse um alvo privilegiado. Houve o entendimento de que o CFP estaria proibindo o atendimento psicológico a homossexuais que desejassem mudar sua orientação, bem como a manifestação pública de opinião ou participação em evento que prometesse "ajuda" ou "cura" para o homossexualismo. A Resolução se inseriu no meio de dois longos e atribulados anos, da participação do CPPC no Congresso da Êxodus em Viçosa até o Forum Interno sobre Homossexualidade em São Paulo. Nesse tempo muito se falou, orou, ouviu e sofreu, possibilitando, graças à ajuda divina, um contato direto que trouxesse uma solução de melhor compreensão e conhecimento mútuo ente CPPC e CFP, além dos CRPs. Como que para coroar esse avanço, o CPPC recebeu do Conselho Federal o Ofício no. 1058-00/DIR-CFP, assinado pela Conselheira Presidente, Dra. Ana M. B. Bock, onde nossas dúvidas e temores foram oficialmente sanados, ficando entendido que o direito de atendimento psicológico continua garantido, independentemente da orientação sexual, e fica preservada a livre manifestação de idéias. Fica também ressaltada a (boa) intenção original da Resolução, no sentido de não promover a discriminação humana. Transcrevemos a seguir alguns trechos do documento, endereçado ao presidente do CPPC, Dr. Uriel Heckert:
Prezado Senhor,
"Foi grande a satisfação com que percebemos.. a existência de diferentes possibilidades de trabalho em cooperação entre o Conselho Federal de Psicologia e o Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos…" "… também porque possibilitou o esclarecimento de alguns pontos importantes acerca não somente da Resolução 01/99 deste Conselho, mas de iniciativas que dizem respeito a diferentes aspectos da prática profissional de psicólogos no país…"
"1. A Resolução insere-se no contexto da promoção dos direitos humanos, visando contribuir com os movimentos de defesa de minorias e esclarecer a população, balizando a atuação dos psicólogos. Ela reflete o consenso atual entre especialistas, sem desconhecer que o tema comporta divergências e transborda para outras áreas do conhecimento. O possível surgimento de entendimentos distintos terá que ser balizado sempre pela busca de certificação de caráter científico…"
"2. Como está claro no texto da Resolução, ela não deve servir para cercear o direito de ajuda para aqueles que livremente a procurem, independentemente da orientação sexual em que cada um queira se conduzir. Aonde quer que encontre sofrimento humano, o psicólogo buscará oferecer colaboração no sentido de sua superação ou, ao menos, de sua minoração. Tal colaboração buscará, sempre que possível, se pautar pelo atendimento das expectativas do próprio usuário dos serviços do psicólogo.
"3. Quanto aos pronunciamentos públicos dos psicólogos, o recorte indicado na Resolução é o de que não se faça apologia de atitudes discriminatórias e atentatórias à dignidade humana. A resolução preserva o direito de livre expressão de idéias, inclusive a divulgação de experiências clínicas e dados de pesquisa que lancem novas luzes sobre quaisquer assuntos, sempre atendendo às exigências típicas do debate científico…"
"Certo de que nosso debate propserará em direção ao fortalecimento da qualidade dos serviços que prestamos à sociedade brasileira, despedimo-nos. "
Atenciosamente,

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(a) Ana Mercês Bahia Bock
Conselheira Presidente


http://www.cppc.org.br

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Identidade na droga...CONCEITO

Assim, como uma primeira “via de solução” da privação emocional por meio da delinqüência,surge o caminho das drogas. Levando-se em conta a classificação das drogas em psicolépticas (soníferos, tranqüilizantes), psicoanalépticas (estimulantes) e psicodislépticas (despersonalizantes) (veja Greco Filho, 1991), entende-se que o usuário, por meio delas, poderia estar procurando satisfazer a uma ou mais entre três motivações básicas.
Com as psicolépticas, ele busca a conquista da “paz”, da tranqüilidade, a extinção do medo e da ansiedade. Com as psicoanalépticas, o estímulo, a excitação, a vida, a coragem, a expansividade de seus impulsos. Com as psicodislépticas, ele busca propriamente a fuga à realidade, as “ilusões perdidas”, outras formas de ser, certamente na tentativa de reencontrar sua forma primordial de ser, quando da privação primordial. Tais motivações básicas podem perfeitamente ligar-se às perdas fundamentais associadas à privação primordial: perda do objeto (simbolizado pela própria droga); perda da confiabilidade, segurança e autoconfiança para lidar com os próprios impulsos destrutivos; perda da oportunidade do indivíduo ser “ele mesmo”, em sua autenticidade, com todo o seu amor, seus impulsos construtivos e destrutivos. A criança e o adolescente, diz Winnicott,têm como primeiro preceito moral não abrir mão de sua autenticidade.

Delinquencia infanto-juvenil como uma das formas de solução da privação emocional*
Alvino Augusto de Sá
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Universidade Guarulhos
Universidade de São Paulo
Escola de Administra‹o Penitenci‡ria do Estado S‹o Paulo

terça-feira, fevereiro 13, 2007

PRECISAMOS DE NOVOS VALORES, O BRASIL ESTÁ FALIDO ANTE AOS IRMÃOS LATINO-AMERICANOS.

Voltei de Buenos Aires ontem, 12.
Vi, lá, quanto o Brasil carece de reformas publicas e politicas, de pessoas pensantes e ativas no meio comum-social. Hj, descobri tb, além de na viagem, que sofremos de uma tal sindrome de Placebo. Pesquisem e descobrirão melhor. Atentei pra algo muito interessante me dito hj em ambiente acadêmico: Nos falta aqui, Relação de Pertencimento.
O Brasil se perdeu.
Estou disposto a ter com meus amigos, e não, boas Relações de Pertencimento, seja aqui, ou mais intimamente num momento de contemplação da Graça. Aí já são outros 500.

Lendo a Folha, li isto abaixo:

Crise de valores
BORIS FAUSTO


No duro terreno dos fatos, os valores básicos de nosso tempo correm permanente risco. Há muitos inimigos dos valores democráticos

TORNOU-SE UM lugar-comum a referência à crise de valores nas sociedades ocidentais contemporâneas. Seria uma tarefa ingrata definir o conceito de valor. Melhor será pisar em terreno mais seguro, lembrando sua multiplicidade e sua natureza histórica.
A multiplicidade aponta para o fato de que valores específicos dizem respeito a esferas distintas da vida social: plano da religião, da família, da vida política. Eles podem ter conteúdo diverso, como é o caso da conhecida noção de Weber, distinguindo, no campo político, a ética da convicção e a ética da responsabilidade. Podem também estar inter-relacionados, como sustenta o mesmo Weber ao estabelecer relações entre a ética protestante e o espírito do capitalismo.
Na dimensão histórica, valores individuais ou coletivos permanecem, se transfiguram ou desaparecem. Por exemplo, nas sociedades aristocráticas, o heroísmo e a honra eram virtudes centrais e um apanágio da nobreza. No mundo burguês do passado ou de hoje, essas virtudes não desapareceram, mas deixaram de ter a mesma significação, passando, quase sempre, do âmbito público para o privado.
Heroísmos guerreiros não nos impressionam, embora governos ainda tentem fabricar heróis ou heroínas, como foi o caso do governo Bush no início da Guerra do Iraque.
O heroísmo de nossos dias não é um valor coletivo, mas uma façanha excepcional que os meios de comunicação destacam: o homem que se atira às águas de um rio-esgoto para salvar uma criança desconhecida; a mãe que, sem saber nadar, se lança às águas da enchente para tentar salvar a filha etc. Os heróis do nosso tempo, aliás, não são os generais condecorados, mas os simples bombeiros.
A honra passou para segundo plano, a ponto de não se levar muito a sério quem insista em resguardá-la. Os tempos são de "flexibilidade", de desrespeitar o que, no passado, se chamava de "palavra de honra". A esperteza na obtenção de vantagens passou a ser moeda comum, sempre justificada pelo êxito.
Por outro lado, tomando a dimensão mais ampla do que consideramos valores na sociedade atual, constatamos um paradoxo. Nunca eles tiveram um sentido tão abrangente, enquanto, ao mesmo tempo, são ignorados ou transgredidos. Nos dias que correm, estabeleceu-se -o que é muito positivo- uma associação entre o regime político democrático e a afirmação de valores.
A democracia contém, por definição, princípios de soberania popular, de liberdade de expressão, de rotatividade no poder, de transparência nas decisões, de igualdade entre os cidadãos, sem distinção de raça, gênero etc. Esses valores básicos não constituem prerrogativa de determinadas classes ou grupos sociais, mas se convertem em direitos de todos os membros da sociedade.
A constatação não pretende ocultar, obviamente, a distância que vai dos valores à sua prática, redundando, por várias razões, na crise da democracia. Mas tais valores são um parâmetro essencial do mundo de hoje.
Não é por acaso que, desde a liqüidação do nazifascismo e da derrubada do império soviético, se fala da democracia como valor universal. Essa expressão, porém, não tem estrito sentido geográfico. Os valores democráticos estendem-se à Europa ocidental, aos EUA, à América Latina e a países da Ásia (como Japão e Índia) com enraizamentos mais firmes ou mais frouxos. Por razões históricas, não alcançaram outras regiões do mundo ou constituem aí tendências bem minoritárias. Nessas regiões, a tentativa de impor um regime democrático a ferro e fogo só tem resultado em desastres, como se viu no Iraque.
No duro terreno dos fatos, os valores básicos de nosso tempo -e, aos já enunciados, poderíamos acrescentar outros, como a preservação da natureza- correm risco permanente, seja por razões ideológicas, pela carência material da população de alguns países ou pelo desejo guloso dos governantes de permanecer no poder. Infelizmente, os inimigos dos valores democráticos são muitos, e sua retórica, muitas vezes, é eficaz.
Os inimigos não estão ausentes dos países de regime democrático consolidado que contam, porém, com instituições sólidas para enfrentar os riscos. O canto da sereia autoritária encontra maior espaço em países marcados pela pobreza, nos quais salvadores da pátria e seus acólitos -intelectuais, burocratas e até profissionais liberais- tratam de reduzir os valores democráticos a uma "farsa das elites".



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BORIS FAUSTO historiador, é presidente do Conselho Acadêmico do Gacint (Grupo de Conjuntura Internacional) da USP. É autor de, entre outras obras, "A Revolução de 30" (Companhia das Letras).