quinta-feira, agosto 09, 2007

MOLOQUE ESTÁ COM PRESSA


MOLOQUE ESTÁ COM PRESSA!


NO ENCARTE DO CD "INNOCENT BLOOD" ( 1989 ) DA BANDA DE ROCK-BLUES, REZ. ESTÁ A FOTO DE UMA GAROTINHA CHAMADA TRISHA. ELA É VISTA ALI ATRÁZ DE UMA PORTA, SUJA, DE VIDRO. SORRIDENTE E TÍMIDA.

ELA MORAVA PRÓXIMA A COMUNIDADE JESUS PEOPLE, EM CHICAGO USA. TRISHA ERA UMA CRIANÇA, MAS GOSTAVA DE AJUDAR EM ALGUMAS ATIVIDADES DA COMUNIDADE "JEPUSA". GOSTAVA DE ESTAR COM AS PESSOAS NA HORA DO JANTAR, QUE ERA SERVIDO TODOS OS DIAS AOS MORADORES DE RUA, MÃES SOLTEIRAS. AOS ABANDONADOS E AOS ESQUECIDOS ...

UM DIA, ELA ESTAVA BRINCANDO COM OUTRAS CRIANÇAS E "DESAPARECEU" ... NÃO FOI MAIS VISTA.


DEPOIS DE MUITAS ANGUSTIAS E SOFRIMENTOS, DA FAMILIA E DA COMUNIDADE, DESCOBRIU-SE QUE TRISHA, TINHA SIDO SEQUESTRADA POR UMA REDE DE PORNAGRAFIA INFANTIL. TRISHA TINHA OITO ANOS E NUNCA MAIS FOI VISTA. NEM OS SEQUESTRADORES ENCONTRADOS.

TRISHA TINHA SIDO VITIMA DE ALGO MUITO MAIOR DO QUE A MENTE INFANTIL SERIA CAPAZ DE ENTENDER,
DA PERVERSÃO E DA GANÂNCIA...

VINTE ANOS DEPOIS, A HISTORIA NÃO MUDOU!
VI RECENTEMENTE UMA MATÉRIA SOBRE CRIANÇAS NA ÁSIA, QUE SÃO VENDIDAS PELOS PRÓPRIOS PAIS A TROCO DE POUCOS DÓLARES... E NENHUMA DIGNIDADE.
ESSAS CRIANÇAS SÃO TRAGADAS PELO "TURISMO SEXUAL INFANTIL" E MUITAS ACABAM MORRENDO EM DECORRÊNCIA DA AIDS, PELA VIOLÊNCIA, AS DROGAS E O ABANDONO.

UMA PESQUISA, RECENTE, REALIZADA PELO MINISTÉRIO JEAME, REVELA QUE 70% DAS CRIANÇAS INFRACIONÁRIAS ENTRE 9 E 14 ANOS DETIDAS NUMA DAS UNIDADES DA "FEBEM", EM SÃO PAULO SÃO FILHOS DE CRENTES!

O QUE ESTAMOS FAZENDO COM A NOSSA IDENTIDADE CRISTÃ?
CADE A "CAPACIDADE" DE SE INDIGNAR?

CRIANÇAS SÃO ABORTADAS, ABANDONADAS, EROTIZADAS, ASSASSINADAS, ABUSADAS ... "JOGADAS EM LAGOAS"! http://www.tjmg.gov.br/anexos/nt/noticia.jsp?codigoNoticia=5857


A NAMBLA http://en.wikipedia.org/wiki/NAMBLA North American Man/Boy Love Association TENTA DE "TODAS" AS FORMAS LEGITIMAR O SEXO COM CRIANÇAS. EM ALGUNS PAISES A IDADE "LEGAL" PARE SE TER RELAÇÕES SEXUAIS, CAIU PARA 12 ANOS!


A INSANIDADE A COVARDIA E A DEPRAVAÇÃO DO HOMEM, PROVAM O QUANTO ESTAMOS MORTOS!
... E TAMBEM A NOSSA APATIA.


ESTAMOS PRESENCIANDO A UM VERDADEIRO "CULTO A MOLOQUE" EM PLENO SECULO XXI. NÃO CABE EM MINHA "IDENTIDADE" CRISTÃ, A INDIFERENÇA...
PELO CONTRÁRIO, UM SENSO DE "IRA" E UM NÃO CONFORMISMO COM ESSE MUNDO; FORTE O SUFICIENTE PARA ME INFLAMAR E ME CONSUMIR NUMA ESPÉCIE DE "INADEQUAÇÃO PROFÉTICA". UM MISTO DE SANTIDADE E REVOLUÇÃO. AQUELAS MESMAS ATITUDES QUE A GALÉRA DO BEM, VISTA NA BIBLIA, TINHA, AO SE DEPARAR COM AS CONSTANTES "CELEBRAÇÕES DO CÁOS E DO FIM"!

... ESSA MÚSICA NÃO TEM GRAÇA
ESSA DANÇA ME ENTEDIA!



"NÃO ENTREGUEM OS SEUS FILHOS PARA SEREM SACRIFICADOS A MOLOQUE..."
leviticos 18:21


Ó DEUS! DÁ QUE POSSAMOS SENTIR UM POUQUINHO DE TEU CORAÇÃO DIANTE DE TAL AFIRMAÇÃO...

... ESSA MÚSICA É A MELHOR!


CREIO SER ESSE UM CLAMOR ANGUSTIADO VINDO DAS ENTRANHAS DO CRIADOR AO VÊR O QUE SE TEM FEITO NA FACE DA TERRA, "ÁS FRÁGEIS E INDEFESAS CRIANÇAS".


CRISTIANISMO RIMA COM PROTEÇÃO,
VERDADEIRA IDENTIDADE RIMA COM REVOLUÇÃO!

texto retirado do blog do Pastor Fábio Ramos de Carvalho, da Caverna de Adulão. Hj, ao lado de Cristo Jesus, deixou entre nós a sede de ver o mundo transformado pela realidade bíblica.

quarta-feira, agosto 08, 2007

LIVRO: MITOS E NEUROSES @ PAUL TOURNIER


"Como se explica então que a ciência, que tem estudado tão minunciosamente o homem, tenha permanecido cega por tantos séculos a fenômenos tão capitais? É que, na verdade, desde Descartes a ciência impôs a si mesma um preconceito absoluto: deixou de levar em conta as realidades morais e espirituais."

Em O Conflito do Homem Moderno do livro citado, p. 25 - Esditora Ultimato.

foto do artigo The Thorah-Science Debates no site: http://www.chabad.org/library/article.asp?AID=2827

sexta-feira, agosto 03, 2007

PAUSA PRO LA NACION DE HJ...A PÓS-MODERNIDADE


El ex líder soviético aparecerá en la nueva campaña de artículos de lujo de la firma francesa junto con Steffi Graf, Andre Agassi y Catherine Deneuve
LANACION.com Exterior Viernes 3 de agosto de 2007

segunda-feira, julho 30, 2007

Sou contra a pedofilia...e o movimento GLBT é a favor!


Não podemos deixar que a política se envolva em aprovação de leis a favor da pedofilia, que o movimento GLBT quer transformar em "moral".

Sendo contra a PLC 122/06, pesquisando meus jornais da Folha, encontrei uma matéria que afirma que a homossexualidade na grécia antiga não era liberada e nem tao manifestada assim, mas era um sistema de indução política, desprezo à mulher e sodomização das crianças e adolescentes.


Abaixo segue o texto..


fonte: Folha de São Paulo 17 de Junho de 2007


Um assunto DE HOMENS
Obra pioneira defende que a homossexualidade na Grécia Antiga decorreu da vida militar e da segregação social das mulheres

PEDRO PAULO A. FUNARI ESPECIAL PARA A FOLHA

Há quase 30 anos, o classicista britânico Kenneth Dover [1920] publicava este que viria a se tornar um clássico. Antes que o tema das relações de gênero se espraiasse entre os historiadores, antes de Michel Foucault [1926-84] publicar sua monumental "História da Sexualidade" [ed. Graal], um estudioso das letras gregas ousava tratar desse tema tabu.Dover já se havia notabilizado, em 1960, no estudo da ordem das palavras em grego antigo! Continuou a dedicar-se, nos anos seguintes, a temas literários. Foi com a publicação do volume sobre a homossexualidade, em 1978, que seu nome transcendeu os departamentos de letras clássicas para atingir uma popularidade talvez inesperada pelo próprio autor.No explodir das identidades sexuais, a partir da década de 1960, este livro veio preencher uma lacuna, ao mostrar como a sexualidade antiga era diferente da moderna. Dover não faz uso de teorias para abordar o tema. Não se aventura nas leituras antropológicas das diferenças de costumes entre os povos nem se atreve a adotar uma perspectiva teórica.Procura, ao invés disso, esmiuçar as fontes antigas, tanto literárias quanto arqueológicas, na ânsia de descrever, da maneira mais exaustiva possível, como os gregos mantinham relações sexuais com pessoas do mesmo sexo. Por isso mesmo, resigna-se a tratar pouco das mulheres.Erudito e acessívelRessalta que a arqueologia fornece informações que não são mera ilustração da literatura, mas que pinturas e inscrições constituem fontes independentes. Apesar de erudito, pleno de análises do vocabulário grego, a leitura é agradável e acessível.A tese central é a de que o eros (desejo) se exercia numa oposição entre o que deseja ("erastés") e o que é desejado ("erômenos"), termos que se aplicavam para um homem e uma mulher ou entre duas pessoas do mesmo sexo.Aliás, Dover lembra que todas as palavras para o amor e para a sexualidade tinham essa função independentemente do sexo dos envolvidos.Identifica o que deseja como o que penetra e o desejado com o que é penetrado e considera que os gregos nada objetavam a um homem que fosse ativo, mas não aceitavam que fosse passivo senão quando criança ou adolescente. Mesmo nesse caso, pensa que os gregos não admitiam que um jovem tomasse a iniciativa do sexo passivo. Se isso ocorresse, o homem submisso seria punido pela cidade, por falta de controle sobre si mesmo ("húbris"). A penetração era sempre positiva para o homem, ser penetrado era aceito, sempre que fosse um jovem a ser educado por um adulto e sem a sua iniciativa. De onde viria tal tolerância -para usar uma palavra empregada por Dover- para com as relações de homens com homens? Aventa a hipótese de que isso estivesse ligado à segregação das mulheres e à vida militar masculina. Satisfaria uma necessidade de relações pessoais com uma intensidade que não era encontrada no casamento.Como resistem esses argumentos, após décadas de teoria de relações de gênero? Um dos pilares da argumentação de Dover consiste na censura da cidade grega ao desejo por parte do jovem passivo, mas no postscriptum de 1989, publicado ao final do livro, ele admite que subestimou as evidências.A questão central, contudo, é outra.Dover parte do conceito antigo de respeito à norma ("nomos"), como se as pessoas, na Grécia Antiga ou em qualquer época e sociedade, respeitassem ou tivessem como horizonte para seus comportamentos as regras. Essa perspectiva, chamada hoje de normativa, tem sido muito criticada, pois considera que tudo que saia da norma é um desvio de comportamento e que a sociedade é homogênea. Se aceitarmos que os comportamentos sociais são muito mais variados do que quaisquer normas (e que as normas são contraditórias!), tudo fica mais matizado. Essas são ponderações posteriores à publicação da obra e não podem ser dela cobradas. O seu mérito maior foi reunir uma documentação volumosa, e, por isso mesmo, o livro continua uma referência.PEDRO PAULO A. FUNARI é professor titular de história antiga na Universidade Estadual de Campinas (SP).
HOMOSSEXUALIDADE NA GRÉCIA ANTIGAAutor: Kenneth DoverTradução: Luís S. KrauszEditora: Nova Alexandria(tel. 0/xx/11/ 6215-6252)Quanto: R$ 65 (350 págs.)

quinta-feira, julho 26, 2007

O utilitarismo, agora barato, tomou conta de nosso "zeitgeist".


Stuart Mill, filósofo inglês do séc. XIX, escreveu uma de suas obras em 1861, chamada Utilitarismo. Foi ele que nesse mesmo século propôs no parlamento inglês o voto feminino; lembrando que neste tempo a única expressão feminina na sociedade era o Ser Dona de Casa, herança talvez, da escola filosófica Positivista, inaugurada por Comte, tempos antes.
Uma das curiosidades sobre Mill é que aos 3 anos de idade, já estuvada grego.
Apesar de economista, Mill entrou para o estudo da filosofia aos 17 anos na França e no entando, seu escrito Utilitarismo, nada tem a ver com teoria enconômica, mas é relacionada diretamente com "uma doutrina ética, segundo a qual a utilidade é a medida primordial do bem." (Neiva, 2007)
Passando por este conceito de se conseguir o bem a qualquer preço é que pretendo redigir meu texto, apresentando as origens ou talvezs possíveis, deste conceito que permeia todas as situações quer sejam morais ou éticas que enfretamos e experienciamos em nossa sociedade ocidental até os dias de hoje.
Esse Utilitarismo ao qual Mill se refere aparece na fala de Kant em Metafísica da Moral quando ele, estabelece um primeiro principio universal como a origem e fundamento da obrigação moral: "Age de modo que a regra de tua ação seja adotada como lei por todos os seres humanos."
O mal de Kant, filósofo alemão que viveu do início do século XVIII ao início do século XIX quando pretendeu nesta afirmação dizer que nós humanos somos capazes de construir uma moral ou transformar em verdade aquilo que em princípio parece ser falso, foi justamente conseguir transformar o homem de si para si. Ora, o início de um Iluminismo empírico era certo e a queda do homem, indivíduo capaz de fazer-se em si, estava aqui aliceerçada.
Hoje, 200 anos após, nossa soecidade tem conseguido conviver com esta mentira e transformar sua realidade, caotica e desprezível em verdade. Esse Utilitarismo ao qual Mill afirmou, hoje está mais vivo que nunca e nada pra nós é verdade se não passar pelo campo do belo, do aceito, do comum, do delicioso, isto, não ao grupo-coletivo, mas apenas de mim para mim, eu e eu mesmo.




continuo em breve...vou dormir!

quarta-feira, julho 25, 2007

Crise aérea brasileira | Lá Nacion hoy @ Argentina




Otra vez más de la mitad de los vuelos de todo el país salió con demoras
LANACION.com | Exterior | Miércoles 25 de julio de 2007


">

quarta-feira, julho 18, 2007

A IGREJA CATÓLICA E SUA CRISE DE IDENTIDADE..

Uma matéria no caderno Mais! deste domingo na Folha.

leiam e opinem se acharem legal.

abraços,
Lucas

São Paulo, domingo, 15 de julho de 2007


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cristo salva
MARIA CAROLINA ABE
DA FOLHA ONLINE

A retomada da missa tradicional, com partes rezadas em latim e o padre de costas para o público, atrairá mais fiéis para a Igreja Católica. Ao menos é o que afirma o padre francês Philippe Laguérie, que conversou com a Folha na quarta-feira, em São Paulo.
"Se as missas fossem feitas no modo tradicional, as igrejas estariam cheias. Toda vez que a liturgia é deteriorada, as igrejas se esvaziam", diz Laguérie, nomeado pelo Vaticano como fundador e superior geral do Instituto Bom Pastor.
O órgão foi criado pelo papa Bento 16 em setembro do ano passado, com sede na Arquidiocese de Bordeaux, na França.
No início deste mês, o Vaticano divulgou um "Motu Proprio" -documento que o papa escreve por iniciativa própria, e não como resposta a uma solicitação- assinado por Bento 16 que facilita aos padres de todo o mundo celebrarem a missa tradicional, baseada na liturgia estabelecida pelo papa João 23, em 1962.
Essa missa tradicional (ou tridentina) era rezada antes das mudanças feitas pelo Concílio Vaticano 2ø (1962-65), que introduziu a nova forma de celebrar a missa, com a possibilidade de uso do idioma local.
A missa tradicional em latim nunca foi oficialmente suspensa, mais caiu em desuso. Em 1982, João Paulo 2ø decretou que, para rezá-la, seria necessário pedir permissão ao bispo da diocese.
Leia a seguir entrevista com o padre Philippe Laguérie.





FOLHA - A retomada da missa tradicional causou grande repercussão devido a um trecho em que cita os judeus. Como avalia a polêmica?
PHILIPPE LAGUÉRIE - Na missa propriamente dita, essa que é celebrada todos os dias, não há nada, nenhuma referência aos judeus.
Existia uma referência aos judeus na liturgia da Sexta-feira Santa, que não é uma missa. Reclamava-se de um texto que falava dos "pérfidos judeus", mas ele foi suprimido pelo papa João 23, justamente a missa que o papa acaba de ressuscitar. Então, essa é uma falsa questão.

FOLHA - Mas a liturgia da Sexta-feira Santa ainda mantém a afirmação de que os judeus necessitam ser esclarecidos sobre Jesus Cristo ["Oremos pelos judeus, para que Deus retire o véu que cobre seus corações e lhes faça conhecer nosso senhor Jesus Cristo"].
LAGUÉRIE - Certamente, eles têm de ser esclarecidos sobre a divindade de Jesus Cristo. Pede-se que os judeus, os muçulmanos, os infiéis de maneira geral sejam esclarecidos sobre Jesus Cristo.
Fala-se de 15 categorias de pessoas -os catecúmenos, os hereges, os cismáticos, os pagãos-, pede-se a todos que conheçam a luz de Cristo.
Pede-se até que sejam esclarecidos o papa, os bispos e todo o clero a respeito da divindade de Cristo, que conheçam a luz de Cristo. Então, não há nenhuma referência especial aos judeus.

FOLHA - Na terça passada, o Vaticano publicou outro documento, que traz a idéia de superioridade da Igreja Católica sobre as demais igrejas cristãs, ao afirmar que a igreja de Cristo é a Igreja Católica. O sr. pode esclarecer esse ponto?
LAGUÉRIE - O que o papa diz no documento é que a afirmação do Concílio de que "a Igreja Católica subsiste na igreja de Cristo" significa "a Igreja Católica é a igreja de Cristo" ainda com mais força. Não só diz que a Igreja Católica é a igreja de Cristo atualmente mas que sempre o foi, desde o início. Além disso, o papa define quem a Igreja Católica reconhece como igreja.
Ele admite que se chamem de igrejas as ortodoxas, porque elas conservaram o sacerdócio, a sucessão apostólica [o fato de os padres serem ordenados uns pelos outros] e a missa católica.
Embora possam ser chamadas de igreja, não são igrejas de Cristo, porque não têm a comunhão com Roma, condição essencial para ser igreja de Cristo.
Porém o papa não reconhece o nome de igreja a todos os movimentos surgidos da Reforma protestante, porque eles não têm a doutrina católica.
Não é o objetivo do documento estabelecer um "hit parade" das igrejas, dizer qual é a melhor, mas definir quem é igreja ou não segundo o Vaticano.

FOLHA - Como será tomada a decisão de rezar a missa tradicional?
LAGUÉRIE - Existe a liberdade de qualquer padre decidir rezar a missa antiga. Ele pode receber fiéis para assistir à missa, mas continua sendo uma missa privada [missa que o padre reza por iniciativa própria e que não pertence à programação oficial da igreja, mesmo tendo público].
Para que haja uma missa na paróquia, uma missa pública, é preciso que um grupo de fiéis estável faça o pedido. Se o pároco não atender a esse pedido dos fiéis, eles devem procurar o bispo, que deve fazer todo o possível para atender aos fiéis.
Caso isso não ocorra, então se deve recorrer à Comissão Ecclesia Dei, em Roma.

FOLHA - Quais as principais diferenças entre a missa tradicional e a missa rezada hoje?
LAGUÉRIE - Há muita, muita, muita diferença. Em primeiro lugar, na missa antiga, todos rezam voltados para Deus e voltados para o Oriente, onde nasce o sol, que simboliza a luz de Cristo e o surgimento da verdade. Somente na explicação do Evangelho, nas leituras e no sermão, o padre se volta para o povo, pois está se dirigindo a ele. Na missa nova, o padre reza sempre voltado para o povo.
A segunda diferença é a língua sagrada, o latim. Nós não nos dirigimos a Deus na mesma língua que usamos nas compras, nos negócios, no dia-a-dia.
Sempre houve na igreja, mesmo no Oriente, uma língua sagrada para falar com Deus. Na Síria, rezava-se a missa em aramaico; na Judéia, rezava-se a missa em siríaco. Em terceiro lugar, os próprios textos da missa são diferentes: na missa nova não se fala mais do sacrifício nem do pecado nem da vida eterna nem da redenção.

FOLHA - Essa volta à missa antiga pode ser vista como exemplo de um retorno da Igreja Católica, sob Bento 16, ao conservadorismo?
LAGUÉRIE - A nova missa corresponde à teologia dos anos 1960. A missa antiga, a uma teologia que foi eterna na Igreja Católica.

FOLHA - Existe alguma estimativa do número de católicos adeptos desse rito antigo?
LAGUÉRIE - Duas pesquisas feitas na França em maio, por institutos não-católicos, constataram que 68% dos franceses, mesmo não-católicos, se diziam adeptos da missa tradicional.

FOLHA - A idéia que se tem é justamente a inversa: que a missa rezada em latim pode afastar os fiéis. Como o sr. explica isso?
LAGUÉRIE - O papa disse que, de fato, recuou muito o conhecimento do latim e que isso pode diminuir a demanda pela missa tradicional. Mas não é preciso conhecer latim para apreciar a missa antiga.
Além disso, o papa nota que, quando se suprimiu a missa tradicional, acreditava-se que as pessoas que seguiam ligadas a ela eram velhos, nostálgicos.
Mas o que se vê é justamente o contrário: há uma preponderância de jovens pedindo a volta da missa antiga.

FOLHA - Hoje, no Brasil, as missas tradicionais acontecem somente com autorização dos bispos?
LAGUÉRIE - Sim, existem algumas missas privadas. Sempre há missas em Campos (RJ), onde há um instituto de padres que rezam a missa antiga.
O Instituto Bom Pastor está justamente procurando igrejas para transformar em paróquias pessoais [paróquias que têm controle sobre um grupo de pessoas, e não sobre uma área geográfica, como ocorre com as paróquias convencionais].

FOLHA - Nesse contexto de mudanças na Igreja Católica, qual o papel do Instituto Bom Pastor, ao qual o sr. pertence?
LAGUÉRIE - O instituto é um balão de ensaio do "Motu Proprio" e também uma chamada para a reaproximação com a fraternidade de são Pio 10ø, dado que todos os membros iniciais do instituto vieram desse grupo.

quinta-feira, junho 28, 2007

sábado, junho 09, 2007

Texto Científco - POST MODERNISM (meu mesmo)


SOCIEDADE SOLÚVEL – POSTMORDENISM

O titulo deste texto nos faz imaginar diretamente uma sociedade em que nada está sólido, nada é tocável, tudo encontra-se inteiramente disperso ou quem sabe, perdido no ar.
Esta talvez seja a melhor forma para se referir à “nova era”, ao novo mundo, à nova geração”, à Pós Modernidade.
Cunhado, segundo alguns autores na década de 30, o termo referendava a nova cultura mundial pluralista, a transição da era moderna, o fim da busca de uma verdade como no lluminismo , a saída do homem de seu cativeiro para o fenômeno social e cultural da diversidade.
Esta saída possibilitou a opinião do indivíduo, o espírito coletivista, a vivência em comunidades de referências mais específicas, mais pessoais, de interesses próprios e comuns. O experimentalismo nas artes, a ultratecnologia na arquitetura, o pluralismo relativista das idéias, a sobreposição das cores na moda e infinitas novas possibilidades de se ver e experienciar o mundo foi o marco desta tão contemporânea “ideologia” de vida, que parece nunca mais ter fim, aclamada até hoje, parece que ainda vai por muito tempo-futuro.
O radicalismo nas novas alternativas para desconsiderar todo aquele mundo moderno, ora vivido, foi da Pós-Modernidade sua principal aliada. O importante é o “in”, era desconstruir, incluir e tornar descartável.
Para entender um pouco essa transição, cito o tempo da modernidade onde o modelo industrial manufatureiro predominava. A produção de bens, com fábricas a todo o vapor, foi o símbolo dos tempos modernos. Já na pós-modernidade, a informação e o computador entram como pais daqueles trabalhadores que não muito tarde tornar-se-iam órfãos, afinal as máquinas e suas engenhosas produções os substituiriam e fariam com estes uma espécie de revolução social onde sobreviveriam apenas os “homens de informação”.
O mundo pós-moderno agora fundava uma nova rede de relações de trabalho, as estruturas hierárquicas foram descentralizadas, o trabalho manufatureiro representaria uma pequena parcela de proletariado. Parecia estar sendo cunhado o termo globalização, onde seriamos habitantes de uma aldeia global, gigantesca, sem fronteiras, onde ninguém mais seria.
Aparentemente esta harmonia de conceito universal, onde o planeta parecia estar se harmonizando por um outro plano se quebra novamente, afinal em antagonismo se tem uma consciência global em detrimento à uma consciência nacional.
O livro que li para escrever essa dissertação tem uma frase muito interessante que é uma máxima pós-moderna: “Pense globalmente e aja localmente”. (Grenz, 1997). Esta frase revela plenamente a plasticidade dessa tal modernidade tardia, o descartável das opiniões que o projeto do Iluminismo queria estabelecer como um centro para o universo ou de referencias em comum, é jogado por terra na pós-modernidade. Como ainda diz Grenz, “A medida que o poder se dissolve, nossa sociedade torna-se cada vez mais um conglomerado de sociedades.”
Neste panteão de informações o mundo pós-moderno parece ter se perdido nele mesmo. Parece não ser mais possível que se tenha uma opinião concreta sobre tal fato ou situação vivida em tal local por tal indivíduo. Sempre será preciso analisar, considerar e ponderar tal fato, mas sabendo que se se estará passível de nenhuma resposta ou de varias que se contradizem e se anulam o tempo todo.
Certamente não é o fim do mundo, mas a nostalgia do que é certo, talvez não sentiremos nunca mais.









REFERÊNCIAS

GRENZ, Stanley J. Pós Modernismo – Um guia para entender a filosofia do nosso tempo. São Paulo: Vida Nova, 1997.

segunda-feira, abril 16, 2007

HEROES

perfeito

quinta-feira, abril 05, 2007

O Indie e minha crítica a ele.


Eu nem sei se tenho esse direito. Mas vou criticar essa vertente musical com toda minha força agora. Eu particularmente não gosto, e pelo tipo e rodas onde o som é comentado não teria paciencia pra ficar um só segundo.

Esse é o som que invadiu a mente de adolescentes e tem definido comportamentos tão pós-moderinhos e em vezes bastante cansativo de muitos de seus admiradores.

Gostaria que antes entendessemos o fato histórico, origem e pessoas envolvidas.

Nascido em meio a bandas de universtitários ou colegiais ingleses, no comecinho da década de 80, mas com grande inspiração da década de 60, os membros trajam roupas que passam por paletós, blazers, xadrez, skinny jeans e por ai vai. Sempre desconcertando o look, sao facilmente reconhecidos em qualquer gueto underground.
As letras falam geralmente da complexidade dos relacionamentos humanos, problemas de adaptação a sociedade, timidez e do dia-à-dia urbano da juventude contemporânea.

No meio da década de 90, na Inglaterra, foi o grande boom desse cenário musical. Bandas como Oasis, Blur e Placebo, conseguiram definir muito bem esses comportamentos e essa "ideologia" naquela epoca em meio ao caotizado e cansado meio universitário ingles. O momento, era da então primeira-ministra do Reino Unido Margaret Thatcher, em seus quase 11 anos de poder, que acabara de apresentar uma nova sociedade e um novo esteriotipo de familia inglesa a esses adolescentes que viriam ser "indies rockers".
O desemprego triplicado, a quebra de grandes indústrias, bancos e mega empresas formara então, Pais e familiares dependentes de um novo tipo de Estado que não se encontrava mais afetivo a seus cidadão.

O INDIE crescendo nesse espaço, encontrou fugas novamente no sistema de regras e comportamentos, muito parecido com aquele dos anos 60. Novamente, agora mais politizados e quase dotados de uma ideologia punk, sai as ruas o novo grupo, afim de gritar para a sociedade o que o Estado, formava e fundamentava na tão sonhada Inglaterra.

Era hora então de uma afirmação, um lema, uma retórica. John Lenon quando disse que o SONHO HAVIA ACABADO, parecia profetizar aos futuros "indies" o real motivo da formação deste movimento. Está aí a grande "Eureca Indie", formava-se então, o verdadeiro espírito "indie" e sua filosofia, aparentemente muito bem definida e apegada a um conceito de um grande ídolo mundial passado.

Ah, só lembrando Indie Rock significa rock independente, livre de gravadoras e que formam suas opiniões e guetos por si mesmo. É estou quase dando forma de humano a este tipo de som...heheheh.

Historicamente, se avaliarmos, começou como todos começaram e ainda começam. Todo movimento de margem social, de questoes politicas-soecais, começa assim, diante de um caos individual, mas que gera reflexos em algum tipo de comunidade.
Vê-se que eram então jovens de idades em comum, que agora precisavam gritar que seus pais estavam desempregados e suas vidas corriam serios riscos ante a um Estado totalitarista e preocupado com apenas sua formação. O som de guitarras e baterias gritantes e destorcidas é a voz que ecoa no ouvido do reinado.
O termo "indie" veio depois, para designar uma geração de bandas que requentou o sonho juvenil (neo) hipppie, com direito a novas quebras de guitarras e jovens "heróis" mortos.

Definido esse espírito indie, nada mais oportuno que ele voltar com força total no começo de 2000, com bandas americanas como The Strokes e White Stripes. Adolescentes cansados de Britney Spears, Cristina Aguilera e variações voltam novamente a apegarem a esse conceito musical, onde eles "encontram" letras e melodias totalmente identificáveis as suas necessidades e sentimentos de angustia e abandono.

Voltado, o tempo agora é do Hype, do moderno, do menino e menina descolados. Dos que se "beijam" em praça publica, quer homos ou heteros. Sejam todos bem vidos ao milenio do conceito solúvel. A conspiração da palavra contemporâneo parece que toma um novo folego, uma nova roupagem e segue a caminhada intacta, passando por cima dos que estão pró ou contras. Não vale realmente mais nada a não ser eu e eu mesmo.

Grupos de referências se unem em torno de seus ideiais e ai não cabe mais a aspiração pelo outro, somente daqueles que comigo, gritam. Os que querem, acompanhem-me, os que não, adeus.

Nesse barco, mais a frente depois de tempos e explosões de emoção e sentimento de aconchego sentido por estes jovens em relção ao verbo gritado e suas guitarras insanas, o indie pega carona com destino a um lugar que nao caberá mais suas ideologias, ou seu protesto.
Sobra novamente o mundo, gigante, onde o todo perde espaço para o tudo e o pobre e desolado estilo musical cai e seus jovens novamente estão abandonados.

...vou finalizar em casa, estou no trabalho...

terça-feira, março 20, 2007

Chupem a manga, assim diz a madre santa igreja..

Por Rubem Alves, hj na Folha..


RUBEM ALVES

A praga
Permitir o divórcio equivale a dizer: o sacramento é uma balela. Donde, a Igreja Católica é uma balela...

É BOM atentar para o que o papa diz. Porta-voz de Deus na Terra, ele só pensa pensamentos divinos. Nós, homens tolos, gastamos o tempo pensando sobre coisas sem importância tais como o efeito estufa e a possibilidade do fim do mundo. O papa vai direto ao que é essencial: "O segundo casamento é uma praga!"
Está certo. O casamento não pertence à ordem abençoada do paraíso. No paraíso não havia casamento. Na Bíblia não há indicação de que as relações amorosas entre Adão e Eva tenham sido precedidas pelo cerimonial a que hoje se dá o nome de casamento: o Criador, celebrante, Adão e Eva nus, de pé, diante de uma assembléia de animais, tudo terminando com as palavras sacramentais: "E eu, Jeová, vos declaro marido e mulher. Aquilo que eu ajuntei os homens não podem separar..."
Os casamentos, o primeiro, o segundo, o terceiro, pertencem à ordem maldita, caída, praguejada, pós-paraíso. Nessa ordem não se pode confiar no amor. Por isso se inventou o casamento, esse contrato de prestação de serviços entre marido e mulher, testemunhado por padrinhos, cuja função é, no caso de algum dos cônjuges não cumprir o contrato, obrigá-lo a cumpri-lo.
Foi um padre que me ensinou isso. Ele celebrava o casamento. E foi isso que ele disse aos noivos: "O que vos une não é o amor. O que vos une é o contrato". Aprendi então que o casamento não é uma celebração do amor. É o estabelecimento de direitos e deveres. Até as relações sexuais são obrigações a ser cumpridas.
Agora imaginem um homem e uma mulher que muito se amam: são ternos, amigos, fazem amor, geram filhos. Mas, segundo a igreja, estão em estado de pecado: falta ao relacionamento o selo eclesiástico legitimador. Ele, divorciado da antiga esposa, não pode se casar de novo porque a igreja proíbe a praga do segundo casamento. Aí os dois, já no fim da vida, são obrigados a se separar para participar da eucaristia: cada um para um lado, adeus aos gestos de ternura... Agora está tudo nos conformes. Porque Deus não enxerga o amor. Ele só vê o selo eclesial.
O papa está certo. O segundo casamento é uma praga. Eu, como já disse, acho que todos são uma praga, por não ser da ordem paradisíaca, mas da maldição. O símbolo dessa maldição está na palavra "conjugal": do latim, "com"= junto e "jugus"= canga. Canga, aquela peça pesada de madeira que une dois bois. Eles não querem estar juntos. Mas a canga os obriga, sob pena do ferrão...
Por que o segundo casamento é uma praga? Porque, para havê-lo, é preciso que o primeiro seja anulado pelo divórcio. Mas, se a igreja admitir a anulação do primeiro casamento, terá de admitir também que o sacramento que o realizou não é aquilo que ela afirma ser: um ato realizado pelo próprio Deus. Permitir o divórcio equivale a dizer: o sacramento é uma balela. Donde, a igreja é uma balela... Com o divórcio ela seria rebaixada do seu lugar infalível e passaria a ser apenas uma instituição falível entre outras. A igreja não admite o divórcio não é por amor à família. É para manter-se divina...
A igreja, sábia, tratou de livrar seus funcionários da maldição do amor. Proibiu-os de se casarem. Livres da maldição do casamento, os sacerdotes têm a suprema felicidade de noites de solidão, sem conversas, sem abraços e nem beijos. Estão livres da praga...

ate mais,
Lucas

terça-feira, março 13, 2007

Zeitgeist


Quero começar hj assim:
"A obra de arte genial transcende à sua época. Mas ela é fruto de uma época -de um tempo e um lugar determinados. Toda produção artística tem uma história e guarda uma relação profunda, de afirmação ou negação, com o contexto artístico e intelectual em que foi concebida. A formação do artista se dá nos marcos de uma tradição estética e cultural mais ou menos definida e o produto do seu trabalho inevitavelmente reflete, de forma mais ou menos consciente, os valores de uma época -o "clima de opinião" ou aquilo que os alemães denominam "zeitgeist", ou seja, o espírito ou ânimo definidor de um período histórico particular." EDUARDO GIANNETTI DA FONSECA

Eu nem devo terminar, não estou muito animado pra tanto.

Mas uma das palavras que Giannetti, usa aqui é a "zeitgeist". Define um espírito de uma época, o modus pensantis de uma civilização.
Muito me interessou esse texto dele, publicado na Folha, onde fala de Mozart e como a musica deste, conseguiu transmitir vividamente o espírito "zeitgeist" iluminista, naquele tempo.
Trazendo um pouco pra nós e mais uma vez afirmando que não pretendo finalizar isso agora, pergunto-me o que seria o "zeithgeist" pós-moderno que temos vivido.

É realmente não quero finalizar.
Pensemos juntos!

Ate mais,
Lucas

sexta-feira, março 02, 2007

CADÊ MINHA CONSCIÊNCIA? E A DO BRASILEIRO?

nem vou falar muito pra não estragar.

**************************
São Paulo, quinta-feira, 01 de março de 2007


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TENDÊNCIAS/DEBATES

O direito de julgar
OSWALDO GIACOIA JUNIOR

É justo que exijamos punições exemplares. Mas não que nossa indignação se nutra no desejo de vingança

O INSUPORTÁVEL não é a dor, mas a falta de sentido da dor, mais ainda, a dor da falta de sentido. João Hélio, morto aos seis anos, arrastado em macabra agonia pela Cidade Maravilhosa, nos confronta com a abominação. Tais espasmos de brutalidade repõem, com insistência, a antiga pergunta pelo "porquê" da insânia. Por que a atrocidade?
Revoltados e humilhados, assalta-nos o desejo e a busca pelo sentido. A reação indignada, até desesperada, exige razões e providências -pois, como se sabe, "razões aliviam".
Uma das reações mais compreensíveis é: "O que fazer?" De pronto, exigimos a paga, clamamos por vingança, como por justiça. A competência jurídica é, então, requisitada: penas mais drásticas, rebaixamento do limiar de imputação penal, repressão severa e ostensiva, pena de morte. Com a solidariedade humana na dor, mescla-se a inevitável preocupação com a segurança própria e a da sociedade. Não é admissível que a sociedade permaneça refém da criminalidade.
Não é meu intuito minimizar o pungente sofrimento que assola a família, os amigos de João Hélio, enfim, toda pessoa sensível. No entanto, por penoso que seja dizê-lo, o açodamento das reações emocionais não é um bom companheiro do prudente equilíbrio que deve balizar nosso juízo e discernimento nessas ocasiões. É justo que exijamos punições exemplares. Mas não que nossa indignação se nutra no desejo de vingança.
Exigir a paga do sofrimento na medida do "jus talionis" não me parece justo ou justificado. Suplantar o espírito da vingança, mesmo no direito, é talvez o difícil caminho de auto-superação que uma sociedade pode encetar.
A esse respeito, Nietzsche tem muito a nos dizer. Lê-se num de seus textos: "O último terreno conquistado pelo espírito da justiça é o terreno do sentimento reativo! Quando ocorre, de verdade, que o homem justo seja justo inclusive com quem o prejudicou (e não apenas frio, comedido, estranho, indiferente: ser justo é sempre um comportamento positivo), quando a elevada, clara, profunda e suave objetividade do olho justo, do olho julgador não se turva nem sequer sob o assalto de lesões, escárnio, imputações pessoais, isso constitui uma obra de perfeição e de suprema maestria sobre a terra".
Não é indiferença, mas justiça positiva. Não é tibieza, apatia, tolerância irresponsável, concessão ao fácil perdão de boca para o qual fomos adestrados por milênios de civilização. Não me refiro a essa fachada de tolerância, desfeita pela mais tênue ameaça de lesão ao interesse próprio.
O olho justo, capaz de exercer a sobre-humana tarefa do julgar, não pode ser turvado pela parcialidade, tem de afastar de seu caminho tudo o que confunde e ofusca o juízo e ser capaz de não retribuir a culpa com a culpa, a humilhação com a humilhação.
Justiça significa espiritualização da potência e, portanto, poder julgar sem ter de se defender, sem querer se vingar. "O filósofo tem de dizer, como Cristo: "Não julgueis!". E a última diferença entre as cabeças filosóficas e as demais seria que as primeiras querem ser justas, as demais querem ser juízes" (Nietzsche). Como dizia Zaratustra, justiça é o amor que todos absolve, exceto o julgador.
Com isso, defendo a confiança na missão pedagógica das instituições, que não podem ser vistas como fins em si, mas como meios para a estabilização das sociedades humanas. Defendo instituições fortes e flexíveis, um ordenamento jurídico seguro e eficiente. É necessária a certeza de todos sobre a eficácia do sistema penal -tanto da condenação quanto (e sobremaneira) de um escrupuloso e sensato regime de execução da pena.
Num Estado poderoso, instituições permitem e induzem o aperfeiçoamento dos cidadãos, de modo que, reciprocamente, no âmago da mentalidade deles se entranha o respeito pela "res publica". A reciprocidade legitima a coerção das liberdades individuais, equilibrando-a com o legítimo esforço pela ampliação dos espaços de criatividade e realização pessoais.
Sou radicalmente contrário à pena de morte, pois tenho em elevado conceito a missão de julgar. Antes de qualquer condenação, uma sociedade tem de conquistar o direito de julgar. Nossa sociedade hedonista e carcomida tem esse direito? Bagatelizamos o valor da vida a tal ponto que esta pouco se diferencia de qualquer outro produto. Quantos instantes de nossa existência podemos bendizer e acolher com desejo de perpetuação? Já não vivemos, consumimos nossas vidas, como desgastamos o mundo.
Para muitos de nós, uma vida nova é um fardo, um pesado encargo social -quando não uma mercadoria que encomendamos ao sabor de preferências narcisistas. Soterrou-se em nossa memória coletiva o encanto e o mistério com que acolhíamos cada novo advento. No dia em que pudermos exultar com ele, como com uma luz num mundo de trevas, então talvez possamos repetir um novo começo.



--------------------------------------------------------------------------------
OSWALDO GIACOIA JUNIOR, doutor em filosofia pela Universidade Livre de Berlim (Alemanha), é professor associado do Departamento de Filosofia da Unicamp.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

A ciència, aceita Deus

As verdades de Deus (biblicas), aplicadas ao homem ("desligado de Deus"), através da religião (obras), podem religá-lo (entender a essencia no todo) e também modificar a sociedade na qual este ser está inserido.
Lucas Castro (Fev. 2007)

Será parte de minha longa jornada em escrever algo, consistente-autêntico-científico, para afirmar que os preceitos de Deus, realmente constróem um homem com outra consciência, sem precisar de tirá-lo de seu sentido Humano-homem.
Aí então, ele voltará pra sua casa depois de uma longa viagem exaustiva.

Richard Dawkins que espere-nos.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

CPPC, Homossexualidade e CFP...definiu-se

Atendimento Psicológico e a Resolução do CFP
voltar

Um dos catalisadores das contribuições presentes nestes artigos foi, sem dúvida, a Resolução 01/99 do Conselho Federal de Psicologia. Desde o seu surgimento suspeitava-se que o CPPC (ou, o que conheciam dele) fosse um alvo privilegiado. Houve o entendimento de que o CFP estaria proibindo o atendimento psicológico a homossexuais que desejassem mudar sua orientação, bem como a manifestação pública de opinião ou participação em evento que prometesse "ajuda" ou "cura" para o homossexualismo. A Resolução se inseriu no meio de dois longos e atribulados anos, da participação do CPPC no Congresso da Êxodus em Viçosa até o Forum Interno sobre Homossexualidade em São Paulo. Nesse tempo muito se falou, orou, ouviu e sofreu, possibilitando, graças à ajuda divina, um contato direto que trouxesse uma solução de melhor compreensão e conhecimento mútuo ente CPPC e CFP, além dos CRPs. Como que para coroar esse avanço, o CPPC recebeu do Conselho Federal o Ofício no. 1058-00/DIR-CFP, assinado pela Conselheira Presidente, Dra. Ana M. B. Bock, onde nossas dúvidas e temores foram oficialmente sanados, ficando entendido que o direito de atendimento psicológico continua garantido, independentemente da orientação sexual, e fica preservada a livre manifestação de idéias. Fica também ressaltada a (boa) intenção original da Resolução, no sentido de não promover a discriminação humana. Transcrevemos a seguir alguns trechos do documento, endereçado ao presidente do CPPC, Dr. Uriel Heckert:
Prezado Senhor,
"Foi grande a satisfação com que percebemos.. a existência de diferentes possibilidades de trabalho em cooperação entre o Conselho Federal de Psicologia e o Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos…" "… também porque possibilitou o esclarecimento de alguns pontos importantes acerca não somente da Resolução 01/99 deste Conselho, mas de iniciativas que dizem respeito a diferentes aspectos da prática profissional de psicólogos no país…"
"1. A Resolução insere-se no contexto da promoção dos direitos humanos, visando contribuir com os movimentos de defesa de minorias e esclarecer a população, balizando a atuação dos psicólogos. Ela reflete o consenso atual entre especialistas, sem desconhecer que o tema comporta divergências e transborda para outras áreas do conhecimento. O possível surgimento de entendimentos distintos terá que ser balizado sempre pela busca de certificação de caráter científico…"
"2. Como está claro no texto da Resolução, ela não deve servir para cercear o direito de ajuda para aqueles que livremente a procurem, independentemente da orientação sexual em que cada um queira se conduzir. Aonde quer que encontre sofrimento humano, o psicólogo buscará oferecer colaboração no sentido de sua superação ou, ao menos, de sua minoração. Tal colaboração buscará, sempre que possível, se pautar pelo atendimento das expectativas do próprio usuário dos serviços do psicólogo.
"3. Quanto aos pronunciamentos públicos dos psicólogos, o recorte indicado na Resolução é o de que não se faça apologia de atitudes discriminatórias e atentatórias à dignidade humana. A resolução preserva o direito de livre expressão de idéias, inclusive a divulgação de experiências clínicas e dados de pesquisa que lancem novas luzes sobre quaisquer assuntos, sempre atendendo às exigências típicas do debate científico…"
"Certo de que nosso debate propserará em direção ao fortalecimento da qualidade dos serviços que prestamos à sociedade brasileira, despedimo-nos. "
Atenciosamente,

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
(a) Ana Mercês Bahia Bock
Conselheira Presidente


http://www.cppc.org.br

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Identidade na droga...CONCEITO

Assim, como uma primeira “via de solução” da privação emocional por meio da delinqüência,surge o caminho das drogas. Levando-se em conta a classificação das drogas em psicolépticas (soníferos, tranqüilizantes), psicoanalépticas (estimulantes) e psicodislépticas (despersonalizantes) (veja Greco Filho, 1991), entende-se que o usuário, por meio delas, poderia estar procurando satisfazer a uma ou mais entre três motivações básicas.
Com as psicolépticas, ele busca a conquista da “paz”, da tranqüilidade, a extinção do medo e da ansiedade. Com as psicoanalépticas, o estímulo, a excitação, a vida, a coragem, a expansividade de seus impulsos. Com as psicodislépticas, ele busca propriamente a fuga à realidade, as “ilusões perdidas”, outras formas de ser, certamente na tentativa de reencontrar sua forma primordial de ser, quando da privação primordial. Tais motivações básicas podem perfeitamente ligar-se às perdas fundamentais associadas à privação primordial: perda do objeto (simbolizado pela própria droga); perda da confiabilidade, segurança e autoconfiança para lidar com os próprios impulsos destrutivos; perda da oportunidade do indivíduo ser “ele mesmo”, em sua autenticidade, com todo o seu amor, seus impulsos construtivos e destrutivos. A criança e o adolescente, diz Winnicott,têm como primeiro preceito moral não abrir mão de sua autenticidade.

Delinquencia infanto-juvenil como uma das formas de solução da privação emocional*
Alvino Augusto de Sá
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Universidade Guarulhos
Universidade de São Paulo
Escola de Administra‹o Penitenci‡ria do Estado S‹o Paulo

terça-feira, fevereiro 13, 2007

PRECISAMOS DE NOVOS VALORES, O BRASIL ESTÁ FALIDO ANTE AOS IRMÃOS LATINO-AMERICANOS.

Voltei de Buenos Aires ontem, 12.
Vi, lá, quanto o Brasil carece de reformas publicas e politicas, de pessoas pensantes e ativas no meio comum-social. Hj, descobri tb, além de na viagem, que sofremos de uma tal sindrome de Placebo. Pesquisem e descobrirão melhor. Atentei pra algo muito interessante me dito hj em ambiente acadêmico: Nos falta aqui, Relação de Pertencimento.
O Brasil se perdeu.
Estou disposto a ter com meus amigos, e não, boas Relações de Pertencimento, seja aqui, ou mais intimamente num momento de contemplação da Graça. Aí já são outros 500.

Lendo a Folha, li isto abaixo:

Crise de valores
BORIS FAUSTO


No duro terreno dos fatos, os valores básicos de nosso tempo correm permanente risco. Há muitos inimigos dos valores democráticos

TORNOU-SE UM lugar-comum a referência à crise de valores nas sociedades ocidentais contemporâneas. Seria uma tarefa ingrata definir o conceito de valor. Melhor será pisar em terreno mais seguro, lembrando sua multiplicidade e sua natureza histórica.
A multiplicidade aponta para o fato de que valores específicos dizem respeito a esferas distintas da vida social: plano da religião, da família, da vida política. Eles podem ter conteúdo diverso, como é o caso da conhecida noção de Weber, distinguindo, no campo político, a ética da convicção e a ética da responsabilidade. Podem também estar inter-relacionados, como sustenta o mesmo Weber ao estabelecer relações entre a ética protestante e o espírito do capitalismo.
Na dimensão histórica, valores individuais ou coletivos permanecem, se transfiguram ou desaparecem. Por exemplo, nas sociedades aristocráticas, o heroísmo e a honra eram virtudes centrais e um apanágio da nobreza. No mundo burguês do passado ou de hoje, essas virtudes não desapareceram, mas deixaram de ter a mesma significação, passando, quase sempre, do âmbito público para o privado.
Heroísmos guerreiros não nos impressionam, embora governos ainda tentem fabricar heróis ou heroínas, como foi o caso do governo Bush no início da Guerra do Iraque.
O heroísmo de nossos dias não é um valor coletivo, mas uma façanha excepcional que os meios de comunicação destacam: o homem que se atira às águas de um rio-esgoto para salvar uma criança desconhecida; a mãe que, sem saber nadar, se lança às águas da enchente para tentar salvar a filha etc. Os heróis do nosso tempo, aliás, não são os generais condecorados, mas os simples bombeiros.
A honra passou para segundo plano, a ponto de não se levar muito a sério quem insista em resguardá-la. Os tempos são de "flexibilidade", de desrespeitar o que, no passado, se chamava de "palavra de honra". A esperteza na obtenção de vantagens passou a ser moeda comum, sempre justificada pelo êxito.
Por outro lado, tomando a dimensão mais ampla do que consideramos valores na sociedade atual, constatamos um paradoxo. Nunca eles tiveram um sentido tão abrangente, enquanto, ao mesmo tempo, são ignorados ou transgredidos. Nos dias que correm, estabeleceu-se -o que é muito positivo- uma associação entre o regime político democrático e a afirmação de valores.
A democracia contém, por definição, princípios de soberania popular, de liberdade de expressão, de rotatividade no poder, de transparência nas decisões, de igualdade entre os cidadãos, sem distinção de raça, gênero etc. Esses valores básicos não constituem prerrogativa de determinadas classes ou grupos sociais, mas se convertem em direitos de todos os membros da sociedade.
A constatação não pretende ocultar, obviamente, a distância que vai dos valores à sua prática, redundando, por várias razões, na crise da democracia. Mas tais valores são um parâmetro essencial do mundo de hoje.
Não é por acaso que, desde a liqüidação do nazifascismo e da derrubada do império soviético, se fala da democracia como valor universal. Essa expressão, porém, não tem estrito sentido geográfico. Os valores democráticos estendem-se à Europa ocidental, aos EUA, à América Latina e a países da Ásia (como Japão e Índia) com enraizamentos mais firmes ou mais frouxos. Por razões históricas, não alcançaram outras regiões do mundo ou constituem aí tendências bem minoritárias. Nessas regiões, a tentativa de impor um regime democrático a ferro e fogo só tem resultado em desastres, como se viu no Iraque.
No duro terreno dos fatos, os valores básicos de nosso tempo -e, aos já enunciados, poderíamos acrescentar outros, como a preservação da natureza- correm risco permanente, seja por razões ideológicas, pela carência material da população de alguns países ou pelo desejo guloso dos governantes de permanecer no poder. Infelizmente, os inimigos dos valores democráticos são muitos, e sua retórica, muitas vezes, é eficaz.
Os inimigos não estão ausentes dos países de regime democrático consolidado que contam, porém, com instituições sólidas para enfrentar os riscos. O canto da sereia autoritária encontra maior espaço em países marcados pela pobreza, nos quais salvadores da pátria e seus acólitos -intelectuais, burocratas e até profissionais liberais- tratam de reduzir os valores democráticos a uma "farsa das elites".



--------------------------------------------------------------------------------
BORIS FAUSTO historiador, é presidente do Conselho Acadêmico do Gacint (Grupo de Conjuntura Internacional) da USP. É autor de, entre outras obras, "A Revolução de 30" (Companhia das Letras).

quinta-feira, janeiro 25, 2007

lendo Fiodor Dostoiévski descobri + da Graça...

segue abaixo, o texto que no início do livro ja revelou-me o conteúdo da alma de um homem destorcido pelo movimento secularista e pelo mundo que arde em pecado.

A história pra que meu lindos leitores não se sintam perdidos, diz, ate então, de um jovem que vai visitar uma taberna e lá conhece um bêbado, sofrido, letrado, abandonado e muito perspicaz. Pai, chefe de família e tão louco que concedeu uma "carta amarela"*** pra sua filha

Leia-se:
- Por que hão de ter compaixão de mim? - gritou exaltado - Dizes tu, por que hão de ter compaixão de mim? É verdade não há motivo! Crucifiquem-me, preguem-me em uma cruz e não me lastimem. Crucifiquem-me, juiz, mas, crucificando-me, tende piedade de mim. Então irei voluntariamente para o suplício, porque não tenho sede de alegria, mas sim de dores e de lágrimas!...Julgas tu, taberneiro, que tua meia garrafa me deu algum prazer? Procurei a tristeza, a tristeza e as lágrimas, no fundo dela; encontrei-as e saboreei-as; mas Aquele que teve piedade de todos os homens, Auele que compreendeu tudo, Aquele que terá piedade de nós, é o Único Juiz. Virá no ultimo dia e perguntará: "Onde está a filha que se sacrificou por uma madrasta invejosa e tísica, por crianças que não eram seus irmãos? Onde está a filha que teve compaixão de seu pai terrestre e não se afastou horrorizada desse devasso bêbado?" E Ele dirá: "Vem! Eu já te perdoei uma vez...já te perdoei uma vez...Agora mesmo todos os teus pecados serão perdoados porque muito amaste..." E Ele há de perdoar minha Sônia (a esposa). Ele há de perdoar, bem o sei...Senti-o há pouco, aqui no coração, quando estava na casa dela! Todos serão julgados por Ele e Ele a todos perdoará(????): aos bons e aos maus, aos produdentes e aos humildes...E quando tiver acabado com esses, chegará a nossa vez. "Aproximai-vos vós também, nos dirá Ele; apoximem-se os bêbados, aproximem-se os covardes, aproximem-se os devassos...." E aproximar-nos-emos sem receio. E Ele nos dirá: "Vós sois uns porcos, sois a imagem e a marca bestial! Mas não importa, vinde!" E os justos e os sensatos dirão: "Senhor, porque recebes esses?" E Ele responderá: "Recebo-os, justos, recebo-os, sensatos, porque nenhum deles se julgou digno desse favor..." E Ele estender-nos-á os braços, onde nos lançaremos banhados em lágrimas. Compreenderemos tudo...Então todos compreenderão tudo...Ekatierina Ivánovna também compreenderá...Senhor, venha a nós o Vosso Reino...
Exausto, deixou-se cair no banco, sem olhar para ninguém. Alheio a tudo o que o cercava, absorveu-se em profunda meditação. Suas palavras produziram certa impressão...

(Fiodor Dostoiévski em CRIME E CASTIGO - p. 34-35 - Editora Marin Claret.)

*** Trata-se de uma licença para o exercício da prostituição, feita em papel amarelo, que as prostitutas usavam na Rússia, antes de 1917.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Sem muito pra falar..

Estou, meio triste por um boato que ouvi. Mas nem sei ao certo se é um boato. Vou confirmar.
Acho que isso trouxe em mim um sentido de existencia e de participação em um grupo muito maior do que eu imaginava.
Em breve eu vou compartilhar aqui.
A nostalgia, tem reinado em meu coração.

Deixo a musica que vai me inspirar escrever sobre o boato, se ele vier se tornar um fato.

Como Nossos Pais

Elis Regina
Composição: Belchior


Não quero lhe falar meu grande amor das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar, eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua vozVocê me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coraçãoJá faz tempo eu vi você na rua, cabelo ao vento, gente jovem reunidaNa parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais

Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu 'tô por fora', ou então que eu 'tô inventando'
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus contando vil metal

Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemoscomo nossos pais